Metrô de SP: é preciso frear a privatização e as terceirizações de Tarcísio! Concurso público e fim das perseguições já!
Daniela Possebon – Diretora do Sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP
Diego Vitello – Diretor do Sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP
A direção da empresa implantada pelo governo de extrema direita de Tarcísio vem estabelecendo um ataque nunca antes visto ao serviço público e aos metroviários. Demissões políticas de dirigentes sindicais e cipistas, demissões de setores inteiros, demissões sem alegações pertinentes, práticas antissindicais, punições a grevistas, tentativas de proibição do direito de greve, terceirizações em massa, precarização das CIPAs, tentativa de precarização da escala de trabalho, ameaça de utilização da força policial contra dirigentes sindicais, além de promoções ilegais em uma empresa pública. Além disso, Tarcísio busca enfrentar a força das greves do Metrô. O governo sabe que o que pode barrar o processo de entrega do patrimônio público para as mãos dos bilionários donos da CCR é a luta organizada da classe trabalhadora e seu principal instrumento histórico, que é a greve. Com o objetivo claro de arrancar o poder dos trabalhadores, tenta avançar em um plano de contingência de greve, com métodos de truculência e desrespeito a esse direito. Essa situação tem gerado enorme desgaste físico e mental na categoria, que ainda assim tem lutado muito, feito importantes greves, atos, uso de botom, adesivo, retirada de uniforme, cartas à população, plebiscito com quase um milhão de votos, além de cumprir uma agenda incansável e diária de luta contra a privatização.
Acreditamos que é preciso seguir e fortalecer a luta unificada contra Tarcísio. Nossa tarefa, hoje, é combinar a luta dos trabalhadores do transporte, educação, saneamento urbano, etc em fortes golpes contra a sanha de lucro deste governo de entregar a empresa pública pro capital privado nacional ou estrangeiro. As recentes falta de luz se combinam com a explosão de falhas nas linhas ferroviárias comandadas pela iniciativa privada e mostram a falência das privatizações no estado e no país.
Além de todos os ataques que citamos no Metrô, temos o leilão da Linha 7 – Rubi, da CPTM, marcado para o dia 29 de fevereiro. Nossa tarefa é unificar essas pautas e construir uma grande greve unificada com os ferroviários e demais categorias para enfrentar o processo de privatização comandado pela extrema direita em São Paulo. Exigimos que CUT, CTB e Força Sindical mobilizem todos os sindicatos que dirigem para enfrentar as privatizações de Tarcísio.
No metrô, precisamos fortalecer a unidade da categoria na luta por concurso público e pelo fim das terceirizações e da privatização.