28/11: Paralisação Nacional dos TAEs exige respostas do governo Lula-Alckmin
O Governo segue enrolando nas mesas de Negociação. Nós, da Combate Sindical, defendemos que a categoria responda a intransigência do governo votando estado de greve nas assembleias e mantendo a mobilização para indicar greve a começar já no ano que vem.
Combate Sindical
Na 5ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) de 16/11, o Governo Lula se recusou a debater a pauta econômica da categoria, deixando novamente os servidores sem respostas quanto ao índice de reajuste para os salários e dos benefícios. No tema da revogação das medidas de Temer e Bolsonaro, houve apenas promessas de alterações sobre a IN 02/2018 e a IN54/2020, mas nenhuma dessas medidas foram revogadas como solicitava o movimento.
Em resposta, a Fasubra convocou uma paralisação nacional dos Técnico-Administrativos para o dia 28/11. Cerca de 15 universidades aderiram ao movimento. Através da Combate Sindical e da chapa Unidade para Lutar (minoria da direção da Fasubra) batalhamos por uma paralisação unificada de todo o serviço público federal, mas, infelizmente, os dirigentes sindicais da Unir na Fasubra, da direção do Sinasefe, Condsef e Fenasps não tiveram acordo, argumentando que “seria uma paralisação menor”,e o Fonasefe chamou apenas como um “Dia de Luta”, sem paralisação.
Intensificar a mobilização e deliberar pelo “estado de Greve”
Uma nova reunião da MNNP está marcada para 18/11, quatro dias antes do recesso. Fica cada vez mais nítida a política de enrolação do governo de “cozinhar ao máximo a categoria” enquanto tenta preparar terreno para uma proposta rebaixada condizente com sua política de austeridade fiscal.
Infelizmente, o governo conta com complacência da cúpula da CUT, CTB e das direções majoritárias das Federações e do Fonase que, ao invés de prepararem um calendário de lutas imediato à reunião do dia 16/11, falaram apenas em novos dias de atos e em uma distante possibilidade de greve para daqui 4 ou 5 meses.
Acreditamos que não apenas é possível, como é necessário seguirmos em mobilização permanente. É preciso seguir o exemplo dos companheiros e companheiras da Receita Federal que, no momento em que fechamos esta matéria, completam 10 dias de greve em luta pelo pagamento de seu bônus de eficiência. É preciso pressionar as direções majoritárias das federações, a CUT e CTB para que mudem de postura. É preciso seguir exigindo que o governo atenda nossas pautas. Por isso, propomos:
● Exigir do FONASEFE que convoque um grande dia nacional unificado de Paralisação durante a reunião da MNNP.
● Caso o governo não atenda nossa pauta, realizar rodada de Assembleias nos dias 19 e 20 para votar ESTADO DE GREVE e encaminhar o calendário da campanha salarial para janeiro.
● Que o FONASEFE, as federações e os sindicatos produzam uma forte campanha na base de denúncia da postura do governo, com panfletos, faixas, cartazes, etc.
● Que durante a Plenária da Fasubra (9 e 10/12) e o Congresso da Condsef (14 a 17/12), ambos em Brasília, se realizem atos e ações externas de denúncia e exigência ao governo.
● Paralisação no dia da Mesa de Negociação com o governo, indicado agora para o dia 18/12.
Fora todos os reitores interventores!
No dia 01/12, o Conselho Universitário da UFRGS aprovou o impeachment do interventor bolsonarista Carlos Bulhões, um dos tantos reitores biônicos nomeados pelo governo Bolsonaro em desrespeito à democracia universitária. Infelizmente, não foi política do governo Lula revogar esses mandatos ilegítimos e muitos deles seguem em seus cargos, a exemplo da Reitora da UFRA, que implementa uma gestão autoritária que persegue servidores e estudantes. Por isso, o exemplo da UFRGS precisa ser seguido. É preciso varrer todos os interventores e restabelecer a autonomia nas universidades. A Fasubra deve encabeçar essa luta, propondo ao Andes e à UNE e DCEs uma campanha nacional unificada pela exoneração dos reitores interventores e novas eleições democráticas e, no mínimo,
paritárias nas universidades.