Vamos à Luta nas universidades
Vamos à Luta batalhou por uma nova direção para o CA da História na UFU
Por Jeane Carla, Juventude Vamos à Luta e Rafaela Cecchi, estudante de História e militante da Juventude Vamos à Luta
No final de outubro disputamos a eleição para o Centro Acadêmico (C.A) da História na Universidade Federal de Uberlândia. Nós construímos a chapa “A nossa história é de lutas”, juntamente com o Movimento Correnteza (UP). A unidade da Oposição de Esquerda foi positiva, pois conseguimos apresentar um programa alternativo aos estudantes do curso de História, que estava há dois anos com uma gestão do Levante Popular da Juventude (LPJ) mais independentes. Além de fazermos um programa de oposição à chapa de reeleição do Levante Popular.
Conseguimos apresentar um programa de luta para o curso de História, conversamos com muitos estudantes e fizemos diversas passagens em sala apresentando a nossa política para os estudantes. Propomos um programa de mobilizações e de independência política dos governos e da reitoria para arrancarmos as reivindicações dos estudantes. Além disso, colocamos, como método para conquistarmos nossas vitórias, as mobilizações dos estudantes. Uma proposta muito cara para nossa chapa era a realização de assembleias de curso no período de aula, para que os alunos pudessem participar das decisões políticas do curso e da universidade. Essa proposta denunciava a falta de democracia de base no curso, uma vez que, quando havia assembleias, elas eram esvaziadas e não contavam com a decisão da maioria do curso, principalmente dos alunos trabalhadores do noturno.
Nessa eleição, com a unidade da Oposição de Esquerda, tivemos uma votação expressiva: cinquenta e cinco alunos depositaram votos na chapa da mobilização e da independência política. A chapa do Levante Popular obteve quarenta e quatro votos a mais do que a nossa chapa, ganhado a eleição. Mas os cinquenta e cinco votos na chapa “A nossa história é de luta” demonstram que tem uma parcela do curso que deseja uma nova direção para o centro acadêmico: mobilizada, próxima às necessidades dos estudantes e que leve a cabo as suas reivindicações. Desse modo, a Juventude Vamos à Luta segue disputando os rumos políticos do curso e da UFU, sempre com o compromisso de um curso e universidade que atendam as necessidades e a permanência dos filhos da classe trabalhadora na História e na UFU.
Vamos à Luta dá a batalha na Letras – UFF!
Por Hunter Barros e Pedro Henrique Kelly, juventude Vamos à Luta Niterói
Nas últimas semanas de outubro, ocorreu a eleição do Centro Acadêmico de Letras da UFF. O CALUFF foi abandonado pela última gestão, que se esquivou das lutas que ocorreram durante o ano: como exemplo disso, temos que a gestão convocou apenas duas assembleias gerais, sendo uma delas uma assembleia estatutária, que somente bateu o quórum mínimo por conta do chamado da oposição.
A eleição contou com duas chapas: A chapa 1 (UJS/Independentes) e a chapa 2 (Vamos à Luta/Correnteza/Independentes). Em uma decisão arbitrária, a chapa 2 foi injustamente proibida de fazer campanha por três dias (havia cinco dias de campanha) pela Comissão Eleitoral, que alegaram que fizemos “campanha antecipada”. Uma mentira! O que ocorreu foi uma atividade de debate sobre o Movimento Estudantil na Letras, junto com um sarau e um colaço de lambes em apoio à Palestina, chamado pela Juventude Vamos à Luta. Não havia chamado de voto ou qualquer tipo de campanha para a chapa, que nem havia sido formada no dia dessa ação.
Acatamos a decisão da comissão eleitoral, mas sem recuar. Passamos um abaixo-assinado pelo nosso direito de fazer campanha e dialogar com os estudantes. Foi uma vitória! Conseguimos o apoio de 219 alunos, revoltados com o absurdo da proibição imposta.
Demos uma batalha árdua em meio a todo esse processo de tentativa de silenciar a oposição do curso. Propomos um CALUFF combativo, independente e de lutas, que aposte na mobilização dos estudantes para mudar a realidade da Letras. Hoje temos muitos problemas no curso, como a infraestrutura precária dos prédios, as matérias “ímpares e pares” (em um semestre são oferecidas matérias de número par, e em outro, matérias de número ímpar) que atrasam a formação de muitos estudantes, entre outros.
Perdemos a eleição por apenas dois votos; a chapa 1, da UJS, teve 163 votos, e a chapa 2, integrada por nós, 161 votos. Mas a nossa luta continua, por um projeto de Movimento Estudantil (ME) combativo e antiburocrático, que aposte na mobilização, seguindo o exemplo da USP!