10 anos da histórica greve de 2013 no Rio
Este ano completamos 10 anos da histórica greve de 2013 da rede municipal de educação do Rio de Janeiro. A greve, que começou por reajuste e equiparação salarial, se expandiu e abarcou pautas pedagógicas e por melhorias das condições de trabalho. A greve foi gigante, mobilizou mais de 90% da categoria, fechou escolas e contou com protestos gigantescos pelas ruas da cidade.
A força da base nas assembleias manteve a greve com firmeza, mesmo em momentos em que a direção do SEPE já tentava encerrá-la. A categoria estava disposta a seguir lutando até conquistar as pautas reivindicadas.
Essa greve também foi marcada pela “batalha na Cinelândia”, quando ocupamos a Câmara dos Vereadores em defesa do plano de carreira unificado. Frente ao protesto gigantesco, o prefeito Eduardo Paes respondeu com muita truculência e repressão policial, em proporções completamente agressivas, transformando a cidade numa praça de guerra. A repressão contra as educadoras contou com o apoio do governador à época, Sérgio Cabral, e sua PM, com muitas bombas, spray de pimenta e muita violência.
Apesar da repressão, a categoria resistiu e nossa luta acuou o prefeito Paes. Conseguimos conquistar o maior reajuste salarial das últimas décadas, além da equiparação do salário base dos funcionários ao mínimo e a isonomia salarial no magistério.
Dez anos depois, nos encontramos sem reajuste, com péssimas condições de trabalho (salas de aula superlotadas, falta de climatização, sobrecarga de trabalho nas cozinhas, terceirização, carência de profissionais) nas escolas municipais. Nós já enfrentamos os desmandos de Eduardo Paes e, novamente, o mesmo prefeito se nega atender nosso justo reajuste.
Que venham novas greves, por melhores salários e condições de trabalho, porque sabemos que existe dinheiro na Prefeitura do Rio para garantir investimentos para as escolas. Trilhemos o mesmo caminho de 2013 para que as verbas venham para educação pública e não para bolso de banqueiros e empresários!
Assista o vídeo em homenagem aos 10 anos da greve produzido pelo coletivo Educação em Combate: