Quem é Tabata Amaral?
A greve unificada de SP foi uma importante batalha na luta contra as privatizações de Tarcísio. Mas nessa conjuntura não faltou quem tentasse deslegitimá-la. Tabata Amaral se apressou em atacar a greve: “A greve foi um tiro no pé. Esse é um instrumento muito importante para ser banalizado. As greves são legítimas, mas usá-las assim por motivos politiqueiros diminui a força das lutas dos trabalhadores”.
Ela confunde a preocupação dos trabalhadores com suas próprias preocupações! Bem antes do meio do ano já se falava e se costurava as alianças para a Prefeitura de SP. Os capítulos da luta de classes não escolhem data para acontecer. As lutas se desenrolam pelo ataque dos governos, e esse é o caso da greve do dia 3. Os editais de privatizações empurraram os trabalhadores a lutar. A pressão dos empresários para privatizar também pressiona Tabata, que não tem como manter a coerência de seu discurso.
“Nem esquerda nem direita” é sempre de direita
Tabata foi e segue sendo uma das principais apostas do bilionário Jorge Paulo Lemann na dita “renovação política”. Principal nome para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PSB, ela sempre pautou sua atuação nos jovens e pela educação. Tentando se desvincular da polarização “nem esquerda nem direita”, ela diz que “quer dialogar com todos”, de Lula a Tarcísio. Mas não é de hoje que Tabata se posiciona ao lado dos patrões.
Quando Bolsonaro enviou a proposta de privatização dos Correios, em 2021, Tabata votou favorável dizendo que era necessário “fazer um debate honesto e sem generalizações sobre concessões e desestatizações”. Além disso, ela também votou e defendeu a Reforma da Previdência, de Bolsonaro. Apesar de criticar a direita tradicional e a extrema direita, o eixo de intervenção de Amaral sempre foram os acordos de gabinete, nunca a mobilização nas ruas.
A “renovação” que Tabata encabeça é o mesmo discurso liberal que já conhecemos há anos e que nos levou à crise que estamos agora. Só que de roupa nova.