Resolução do SINTSEP-PA sobre a conjuntura política do país
Resolução aprovada por unanimidade na 1ª reunião ampliada da Direção Estadual e direções regionais do Sintsep-Pa – Gestão 2016-2019
Frente à atual situação política econômica, aos escândalos de corrupção que abarcam desde o governo Dilma (PT/PMDB/PCdoB/PSD/PP e outros) até sua oposição de direita encabeçada pelo PSDB e ao feroz ajuste fiscal que tanto petistas quanto tucanos têm acordo em aplicar, o Sintsep-Pa vem manifestar sua posição política:
1- A crise política e econômica se aprofunda, com estagnação do crescimento econômico e cuja saída apresentada pelo grande capital é um pesado plano de ajuste que corta verbas do serviço público, retira direitos e arrocha os salários da classe trabalhadora. No aspecto político, temos os escândalos de corrupção com várias denúncias envolvendo todos os principais partidos do país e suas lideranças. Dilma, Lula, Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves. Nenhum escapa! Após a divulgação da lista da Odebrecht fica claro que todos esses partidos estão comprometidos até o tutano com as empreiteiras.
2- Esses mesmos partidos corruptos agora travam uma briga pela chave do Cofre. A oposição tucana quer o impeachment da Presidente, o PMDB abandonou o barco do governo e Dilma e o PT, para tentar se safar, fazem um verdadeiro balcão de negócios oferecendo cargos em troca de apoio de deputados contra o impeachment, a exemplo do que aconteceu na Superintendência do INCRA em Santarém. Ao mesmo tempo em que se alia aos partidos mais conservadores como o PP, o PT chama os trabalhadores e a juventude a defender seu governo . No entanto o único golpe que observamos todos os dias nesse país é aquele que o governo petista vem aplicando há treze anos, traindo as pautas dos trabalhadores que o elegeram. A Reforma de previdência de 2003 no governo Lula, a autoritária lei anti-terror e a Reforma fiscal e os absurdos corte de verbas, dentre muito outros exemplos, comprovam isso. Dilma governa para os banqueiros. Não à toa, vetou a realização de auditoria da dívida pública indo na contramão de uma reinvindicação histórica dos trabalhadores .
3- Está mais do que claro o estelionato eleitoral cometido pelo PT. Dilma disse em campanha que não mexeria em direitos ( “nem que a vaca tussa”) e antes mesmo de iniciar seu segundo mandato iniciou um pacote de maldades aos trabalhadores com a MP 664 e 665. Se enganou os trabalhadores e o povo, não merece continuar no Poder, no entanto, esse congresso igualmente lotado de corruptos, igualmente financiado por empreiteiras e banqueiros, não tem moral para conduzir um impeachment, já que a ampla maioria de seus membros também merece ser colocada pra rua. Também não há confiança no judiciário, claramente partidarizado e divididos entre “amigos do PT” e “amigos da oposição de direita”, todos participantes da briga pela chave do cofre. Dilma e a república das empreiteiras e dos banqueiros precisam ser derrubadas pela força da mobilização dos trabalhadores e da juventude. Precisamos nos preparar para a campanha salarial 2016 que além das reivindicações econômicas estará diretamente ligada a situação politica, pois para termos uma campanha salarial vitoriosa, precisamos de uma forte greve que derrube o ajuste e esse governo.
4- No estado do PA não é diferente a cada dia as condições de vidas do povo se arruína, Jatene e Zenaldo aplicam o mesmo ajuste do governo federal, ataques a educação e saúde, com fechamento de escolas, sucateamento de hospitais e arrocho salarial. O servidores públicos estaduais estão se mobilizando na próxima semana para barrar as atrocidades de Jatene, assim como os servidores do município de Belém se mobilizaram na câmara municipal contra os projetos de Zenaldo contra os servidores municipais com extinção de cargos e outros ataques.
Por isso estamos pelo Fora Dilma, Temer, Cunha, Renan e Aécio! Fora Todos! Investigação a fundo de todos os corruptos e corruptores, quebra imediata dos sigilos fiscal, bancário e telefônico dos políticos e das empreiteiras, e defendemos a mais ampla unidade de todos os setores que estão na oposição de esquerda ao governo Dilma e a todos os partidos do ajuste e da corrupção. É preciso derrotar nas ruas esse governo e seus ataques, barrar a reforma fiscal e da previdência. Exigindo uma greve geral das centrais sindicais pra mobilizar os trabalhadores. Para isso é preciso apostar na mobilização, fortalecer o espaço de unidade de ação e construir o campo daqueles que não são linha auxiliar, que não defendem o FicaDilma e nem estão com Temer ou com os tucanos. É preciso continuar as mobilizações iniciadas em 1º de abril e transforma-las em algo superior às jornadas de junho de 2013, fortalecer as greves e as lutas sociais e construir coletivamente a melhor saída para o país do ponto de vista de nossa classe, dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos.
Belém, 03 de abril de 2016