Barrar as privatizações em SP!
Barrar as privatizações em São Paulo
O governador de São Paulo (SP), Tarcísio de Freitas, quer privatizar o Metrô, a CPTM (trens) e a Sabesp (saneamento). Essas empresas públicas são importantes para a população trabalhadora. Não podem se transformar em negócio que só visa o lucro.
Apoiar o plebiscito contra a privatização
As trabalhadoras e trabalhadores dessas empresas estão em luta contra as privatizações (ver páginas centrais). Lançaram um plebiscito para consultar os usuários e usuárias desses serviços. Tarcísio deseja que executivos gringos e almofadinhas da Bolsa de Valores de SP decidam o futuro do transporte e do saneamento. Isso é inaceitável. A população trabalhadora é contra a privatização e dá seu recado nas feiras, fábricas, escolas etc.
Sindicatos lançaram indicativo de greve
Ocorrem assembleias para definir um indicativo de greve contra a privatização. Essa é a melhor forma de derrotar Tarcísio. Esse governador repressor, que defende as chacinas policiais, não vai recuar. Se ele quer guerra, então guerra terá. Mobilizados podemos impedir a privatização. Defendemos que o indicativo de greve seja construído na prática com assembleias democráticas, reuniões nos locais de trabalho e organização de piquetes, para garantir a greve de verdade. Além disso, precisamos buscar unidade com os estudantes da USP, que votaram uma greve estudantil contra a falta de professores e outras pautas.
É uma luta nacional e temos pautas para exigir de Lula/Alckmim
Essa luta de SP é nacional. E o governo central do país tem sua responsabilidade. Por isso, em primeiro lugar, exigimos que o governo Lula/Alckmin arquive o plano de “desestatização” do sistema ferroviário federal. Trata-se de um plano de privatizações do transporte federal formulado por Bolsonaro e que está mantido até hoje. Inclusive o atual governo da frente ampla assinou a fase final da privatização do Metrô de Belo Horizonte. Em segundo lugar, exigimos que o governo Lula/Alckmin reveja o “arcabouço fiscal”. Por que isso é necessário? Porque essa medida restringe o orçamento federal para as empresas estatais federais e os serviços públicos. O arcabouço fiscal coloca em risco os pisos constitucionais (os valores no orçamento previsto em lei) da saúde e educação públicas. Além de restringir as negociações salariais de ecetistas (Correios) e dos servidores federais. Em terceiro lugar, exigimos a revogação das medidas privatistas do governo Bolsonaro: a reforma da previdência e trabalhista, o Novo Ensino Médio, a privatização da Eletrobras etc.
Somos todos e todas metroviárias, ferroviárias e sabespianas
O ataque do governador Tarcísio de Freitas é geral. Em todos os lugares, precisamos apoiar a luta contra essas privatizações. A vitória das trabalhadoras e trabalhadores da ferrovia, Metrô e Sabesp será nossa vitória. É fundamental exigir que as centrais sindicais (CUT, CTB, Força, UGT etc.) coloquem sua força na unificação dessa luta. A realização de ações de solidariedade em todos os locais de trabalho e uma campanha nacional contra as privatizações. As federações dos Correios (FENTECT e FINDECT) e o FONASEFE (servidores federais), que estão em campanha salarial, poderiam coordenar suas lutas com as mobilizações de SP. Defendemos um Conselho de Entidades de Base da UNE para pautar as privatizações de Tarcísio, os ataques aos estudantes da USP, os problemas de infraestrutura das universidades. Unificar a juventude contra a privatização e pelas suas pautas numa luta nacional. A FENAMETRO (Sindicatos Metroviários) teria a tarefa de unificar uma luta unificada.
Metrô, CPTM e Sabesp 100% estatais e sob controle da classe trabalhadora
Estamos jogando todas as nossas forças nessa construção. Defendemos um Metro, CPTM e Sabesp 100% públicas, estatais e sob controle da classe trabalhadora. Nenhuma linha ou setor privatizado/terceirizado, revogação dos contratos e expropriação da CCR. Ampliação dos serviços de transporte, água e saneamento, principalmente nas periferias, com planos de serviço e expansão, organizado pelos trabalhadores e consultados com os usuários. Recomposição dos salários e garantia de direitos e concursos públicos para essas empresas. Fim do calote aos salários das trabalhadoras e trabalhadores terceirizados e sua incorporação como efetivos das empresas. Fim dos altos salários e mordomias da cúpula das empresas. Nomeação democrática dos chefes por eleição entre os próprios trabalhadores dos setores.