Repudiamos a intervenção que põe na ilegalidade o PCV (Partido Comunista Venezuelano) por parte do governo
Partido Socialismo y libertad (socialismo e liberdade – Venezuela)
O partido socialismo e liberdade repudia categoricamente a sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), mediante a qual se impõe, de maneira arbitrária e ilegal, uma nova junta diretiva ao partido comunista da Venezuela.
Desta forma, o governo de Maduro, através do TSJ, intervém no dito partido para retirar sua legalidade e proibir sua legenda, com objetivo de impedir que possa participar nas eleições do próximo ano e negar a possibilidade de apresentar uma candidatura presidencial, desta maneira trata de se encobrir o vácuo da esquerda, e evitar o descontentamento já que ainda é importante em setores do chavismo e do PSUV que se expressam eleitoralmente votando pelo PCV.
Esta ação é parte das retiradas dos direitos políticos e das liberdades democráticas, que o atual governo vem executando sistematicamente cada vez com mais força, a partir do seu giro ditatorial no ano de 2016, quando proibiu a Assembleia Nacional (Legislativo) e interviu militarmente na Fiscalía General (Ministério Público).
O início das repressões coincide com a aplicação de um pacote de ajustes capitalistas contra o povo venezuelano. Nesse contexto o governo criminaliza o protesto e restringe as liberdades democráticas com o objetivo de se implementar o ajuste sobre os ombros do povo trabalhador, e desta maneira tentar desestimular o protesto operário popular. Chama muita atenção o silêncio cúmplice de vários partidos comunistas do mundo particularmente o governante do Partido Comunista cubano.
O PSL (Partido Socialismo e Liberdade) rechaça as restrições das liberdades democráticas e políticas do povo trabalhador venezuelano. Qualquer limitação a esses direitos sempre termina convertendo-se contra o povo trabalhador, a juventude qualquer setor popular que lute por suas demandas sociais e políticas, a exemplo disso está a prisão dos trabalhadores sidoristas (Siderúrgica Sidor) Leonardo Azócar e Daniel Romer, e a recente condenação de 16 anos de prisão a seis lutadores sociais e dirigentes sindicais.
Ratificamos Nossa solidariedade com PCV e toda a sua militância, e chamamos a mais ampla unidade para rechaçar essas medidas.
Caracas, 12 de agosto de 2023
Traduções e equivalências em parênteses após a palavra.