Todo apoio a greve dos(as) educadores(as) do DF
Os professores(as) e orientadores(as) educacionais do DF deflagraram greve no último dia 04/05 por estarem há oito anos sem reajuste salarial, pelo não cumprimento do piso, falta de concurso público, fechamento de turmas da EJA (Educação de Jovens e Adultos), etc… Essa situação é consequência da política de ajuste fiscal aplicada pelo governador Ibaneis Rocha onde quem sofre as consequências são os trabalhadores.
Ilegal é não pagar o piso e congelar salário
O governador da extrema direita, Ibaneis Rocha, ataca mais uma vez a greve dos educadores do DF, agora pela via da justiça, querendo colocar a greve na ilegalidade e assim tentar barrar a enorme mobilização da categoria que não está cedendo aos ditames desse capacho bolsonarista.
Ibaneis, que até recentemente estava afastado do cargo por cumplicidade com a intentona golpista do dia 8/01, aumentou em 25% o seu próprio salário e do primeiro escalão do governo, enquanto não paga nem o piso para os professores. Também é conhecido por ser um milionário advogado dono de mansões no Lago Sul em Brasília e aliado de Bolsonaro. Isso explica essa política ditatorial contra a categoria da educação.
Nós defendemos a punição de todos os golpistas e o confisco dos bens de todos eles. Exigimos que Mucio do PTB, Daniela do Waguinho do União Brasil, a cúpula militar e do GSI, os bolsonaristas do Banco Central sejam demitidos imediatamente de seus cargos. Defendemos a revogação de todas as medidas que atacam nossa classe, como a reforma da previdência, trabalhista, privatização da Eletrobrás, Novo Ensino Médio e a BNCC.
Um ataque nacional contra a educação
Hoje os educadores sofrem um ataque nacional. Os governadores em todo país não pagam o piso, as escolas estão sucateadas, os investimentos cada vez mais reduzidos, a reforma do ensino médio não foi revogada pelo governo Lula/Alckmin. Além disso, a proposta de arcabouço fiscal apresentada pelo governo não vai garantir mais investimentos na educação, pois mantém o pagamento da dívida externa e interna aos banqueiros e grandes empresários. Essa dívida é paga com cortes de verbas dos estados, municípios e da União.
É por isso que só esse ano já estouraram greves em Natal, Rio Grande Norte, Amapá e diversos estados paralisaram no dia 26/04, porque ninguém aguenta mais tanto arrocho salarial e descaso com a educação. Esse conjunto de ataques tem que ser respondido nacionalmente.
Defendemos medidas urgentes para garantir as pautas dos educadores em greve, dos estudantes e da classe trabalhadora e setores populares: a redução dos juros, o não pagamento da dívida pública aos banqueiros, a taxação dos bilionários e das multinacionais, a reestatização das empresas privatizadas e o fim dos incentivos fiscais as multinacionais e grandes empresas.
Fortalecer e cercar de toda a solidariedade a greve no DF: A CNTE tem que convocar uma mobilização nacional
Exigimos da CNTE – CUT um chamado nacional para apoiar a greve e unificar a luta pelo pagamento do piso construindo uma greve nacional da educação.
Isso começa com a CNTE organizando junto com o SINPRO-DF, CUT, CTB, UNE e UBES uma campanha nacional de apoio ao movimento grevista no DF buscado com essa ação unificar com estados que também estão greve, como no Amapá, ou que discutem paralisar- Rio de janeiro- com assembleia marcada para o dia 11/05.
Esse é o momento de unificar todo movimento de educação em uma única luta nacional para evitar dispersão ou enfraquecimento das greves e assim arrancar de vez em todo o país o pagamento do piso nacional e derrotar qualquer política de ataques contra a categoria. Pelo atendimento já de todas as pautas dos trabalhadores da educação. Pelo fim de toda criminalização da greve.