Seja nas escolas ou nos grupos virtuais, só se fala no absurdo que é a obrigação de cumprimento das APDs nas escolas. Motivos para reclamar não faltam, porque se trata de um duro ataque dos governos contra um direito histórico dos professores, o que vai agravar ainda mais os problema advindos de uma extensa e degradante jornada de trabalho. Esse ataque foi aprovado pelo governo Dória no ano passado junto a nefasta “Nova Carreira” e agora está sendo implementada pelo atual governo de Tarcísio e pelo empresário Renato Feder da Secretária de Educação.

Acontece que com o cenário que temos hoje nas escolas públicas, passar mais tempo para planejamento, correção e elaboração de tarefas, significa um mero protocolo para que professores fiquem mais tempo nas escolas, pois não existem condições mínimas para dar conta do trabalho que temos que desenvolver. A verdade é que as salas de professores estão lotadas, faltam computadores, notebooks e internet adequada, isso quando não falta uma estrutura mínima com bebedouros, micro-ondas e geladeiras. Na prática o que está acontecendo é que além de passar mais tempo na escola, o professor ainda volta para casa com o mesmo trabalho que teoricamente deveria ser feito nas escolas, pois o mesmo estado que está obrigando professores a passarem o dia inteiro na escola, não garante as condições mínimas de trabalho.

O objetivo do governo é acabar com os acúmulos e, ainda que não esteja na resolução, passar mais tempo na escola, em muitos casos, significa deixar o professor mais vulnerável e suscetível às pressões da gestão escolar de substituir professores que faltam ou fazer outras tarefas que não são da nossa obrigação! A sanha do governo é tamanha que na última resolução em relação às APDs, deixa até mesmo a possibilidade das escolas do fundamental I ficarem abertas no período noturno somente para o professor cumprir a APD!

APEOESP tem que chamar uma Assembleia já!

É um absurdo que o grupo majoritário a frente da APEOESP não tenha chamado ainda uma Assembleia Geral para debatermos um plano de luta diante de tantos ataques! Não é possível mais vermos nossa carreira sendo desmontada e sucateada a cada nova resolução do governo e o sindicato não fazer nada. Ainda temos colegas professores sem aulas atribuídas! A suposta equiparação ao piso nacional para os docentes efetivos não veio!  Os retroativos dos professores “O” de 2018/2019 ainda está pendente! O que mais precisa acontecer para a Bebel convocar uma assembleia para darmos as respostas necessárias? Infelizmente esse grupo que está no comando do nosso sindicato há décadas faz de tudo para manter “boas relações” com o governo Tarcísio. Bebel, enquanto parlamentar, votou favorável ao seu aumento e agora apoia o candidato de Tarcísio para presidir a ALESP, onde são aprovados os projetos de desmonte das nossas carreiras.

Construir uma nova direção para a Apeoesp nunca foi tão necessário!

Diante do cenário colocado, a corrente sindical Educação em Combate, acredita que é fundamental fortalecer e construir entre os professores da base e demais grupos que acreditam que é necessário mudar a Apeoesp a fortalecer e construir uma oposição combativa e independente para colocarmos o sindicato a serviço das lutas.

Convidamos você, professor, a dar essa importante batalha conosco! Participe das nossas plenárias e reuniões para debatermos os próximos passos na luta contra o desmonte das nossas carreiras e para termos um sindicato verdadeiramente representativo! Venha construir conosco o Educação em Combate e uma chapa de oposição para disputarmos a APEOESP.

Revogar o Novo Ensino Médio Já!

Sob o verniz de modernizar o currículo e deixar as disciplinas mais atrativas para o estudante, o Novo Ensino Médio tem gerado uma série de críticas por parte de professores, alunos e pais que estão sentindo na pele as consequências deste perigoso projeto. Elaborado por grandes empresários e aprovado em 2017 no governo Temer, o Novo Ensino Médio tem como objetivo formar nossos jovens para serem mão-de-obra barata para o mercado informal e precarizado, além de transformar o professor em um mero instrutor e dessa maneira, abrir o caminho para terceirização e privatização do Ensino Público. Ao diminuir consideravelmente a carga horária de disciplinas essenciais como Português e Matemática e todas as outras disciplinas essenciais na formação, o NEM coloca nossos estudantes em uma condição ainda mais desfavorável para ingressarem no Ensino Superior e nos deixa em condições mais precárias para exercemos nossa profissão. Nós professores percebemos que não há maior engajamento dos alunos nas matérias do Novo Ensino Médio.

O Governo Lula tem que Revogar o Novo Ensino Médio INTEGRALMENTE!

É por isso que a batalha pela revogação completa deste projeto é fundamental para defendermos a Educação Pública e a valorização da nossa formação e carreira. Por isso, é fundamental que a CNTE chame uma dia de paralisação nacional, com grande mobilização da APEOSP para exigir que o governo Lula revogue imediatamente o Novo Ensino Médio. Não adianta melhorar, apenas revisar ou fazer pequenas mudanças como disse o Ministro da Educação.

Filie-se ao Sindicato! Ser sindicalizado é um direito de todo professor!

Uma categoria sem um sindicato forte e atuante é terreno fértil para que governos e patrões façam todo tipo de ataque e coloque cada vez mais condições difíceis para exercermos nossa profissão. Infelizmente, o principal grupo hoje a frente da Apeoesp não utiliza a força que o sindicato tem para que seja mais representativo, democrático e atrativo para o conjunto dos professores. Por isso, a filiação a Apeoesp é fundamental. Não importa a subcategoria do professor: A, F, O. Participar do sindicato é um direito de todos!

Contatos do Educação em Combate
Danilo Bianchi/DE: (11) 983175337

Lorena Fernandes/DE Centro: (11) 982333548

Rana Agarriberri/DE Centro-Sul: (11) 959235721