Atividade em Niterói arrecada dinheiro em solidariedade ao HAITI
| Unidos Pra Lutar – Pedro Rosa
Campanha do Haiti tem excelente aceitação!
O terremoto que matou, num só dia, quase 200 mil pessoas no Haiti, trouxe cenas que comoveram a humanidade. Com isso, governos neoliberais, pondo-se como humanitários, mas de fato como aves de rapina, mandaram suas tropas para disputar a fatia do que sobrou da mão de obra farta e baratíssima dos Haitianos. São israelenses, brasileiros, franceses, ingleses, norte-americanos com o mesmo objetivo: consolidar suas patas para seguir saqueando o povo negro rebelde da América. O pior que neste momento esta nova fase da ocupação tem favorecido para esconder as verdadeiras intenções, pois a grande imprensa mostra soldados como heróis, até Bill Clinton perdeu a linha e carregou pacotes de alimentos.
Porém, embora comovidos com a situação trágica, os trabalhadores não são cegos e sabem que qualquer invasão militar neste momento poderia ser substituída por médicos, comida, água potável, remédios etc… Não há como criticar um pai de família faminto, vendo seu filho morrendo de fome, ferido, que é obrigado a saquear super-mercados. Então esta contradição e a forte comoção social pós terremoto, tem facilitado fazer a campanha “o Haiti precisa de comida, não de armas, de remédios não de soldados”.
Comparado a qualquer outro momento esta situação tem facilitado a discutir a questão internacional em nossos sindicatos, aprovar doações financeiras que enviemos aos nossos companheiros do Haiti e ir a sociedade levar nossas opiniões.
Em Niterói, agarramos bem esta tarefa, desde o SINTUFF e com os companheiros da juventude Vamos à Luta, que atuam no DCE UFF, levamos nossa delegação ao FSM com camisas, faixas, etc que impactou. No retorno ao RJ discutimos outras iniciativas que envolvessem a vanguarda, mas que disputasse a consciência social e da categoria para que não ficássemos presos as doações super-estruturais, com tem feito a Conlutas – o que não deixa de ser importante.
Assim fizemos. Sendo idealizado pelos nossos jovens do DA de Enfermagem, decidimos pelo Sintuff produzir panfleto, 100 camisas e 2mil bótons pra vender.
Nas barcas – centro da cidade, dia 26/2 montamos uma tenda pra medir pressão, fazer exames de glicose e vender nossos materiais. Uma brilhante recepção das pessoas. Contatos surgiram, um professor fez um belo poema na hora do ato, comerciantes compraram várias camisas, pessoas doavam sem levar os produtos, parabenizaram nossa iniciativa e ainda saiu no principal jornal da cidade. Arrecadamos mais de um mil reais numa manhã e desmontamos a tenda com as pessoas em cima querendo comprar.
Felizes e empolgados decidimos realizar mais atividades, fazer mais 100 camisas. A pessoa que faz a camisa doou seu serviço, cobrando apenas 6 reais por cada uma, como contribuição. Hoje, 04/3 realizamos atividade na frente de nosso hospital. Uma atividade mais fraca, arrecadamos mais de 800 reais. Até nos setores mais atrasados, como a reitoria, há muito pedido de camisas sobre o Haiti. Tivemos que desmontar uma atividade porque está chovendo muito, mas já temos três outras atividades agendadas.
Além destas atividades de rua na cidade, faremos um grande debate na UFF com professores que pesquisaram o Haiti e estiveram lá durante o terremoto. Faremos um vídeo sobre o Haiti. Costuramos uma reunião do Comitê na UFF para esta semana.
Talvez o fenômeno de mais terremotos, como no Chile e Ásia mantenha aceso este debate. Devemos aproveitar o processo e seguir na campanha. Até o fim de março devemos depositar o dinheiro ao nossos companheiros de Rozzo e se possível irmos pessoalmente ao Haiti numa comitiva unificada nacional.
Pedro Rosa