Terminou o acampamento Terra Livre (ATL), seguir apoiados na luta!

Terminou ontem, sábado dia 12/04, o 21º Acampamento Terra Livre, maior mobilização indígena no Brasil. Diversos indígenas de diferentes povos se reúnem em Brasília em 5 dias de atividades culturais, de resistência, debates e luta!
A principal reivindicação dos povos indígenas é a demarcação de terras, incluindo a luta contra o Marco Temporal, que dificulta as demarcações e impõe que somente territórios comprovadamente ocupados ou disputados a partir da Constituição de 88 poderiam ser reivindicados. Um grande retrocesso nos direitos indígenas, no direito à terra e à preservação ambiental.
No dia 10/04 ocorreu um ato do acampamento que foi duramente reprimido com bombas de gás, a mesma polícia do DF que estava “desarticulada” para enfrentar os atos golpistas de 8 de janeiro, esteva armada fortemente para reprimir os indígenas.
O acampamento e as lutas ocorrem em um contexto no qual o governo Lula/Alckmin mantém um plano SAFRA, que beneficia o agronegócio base política da extrema direita e financiadora dos atos golpistas, do genocídio indígena e assassinatos no campo. No plano 2024/2025 foram gastos R$411 bilhões e o próprio BNDES diz que foi o maior dos últimos anos e o próximo será record. Esse setor é o que mais desmata, responsável por 95,7% no ano de 2022, agravando a crise climática. Os territórios indígenas são os mais preservados e a ultima fronteira a qual os setores capitalistas e dos agronegócios querem explorar, como o exemplo as invasões de garimpeiros ao território Yanomami.
Brasil de agro e a COP 30
Em novembro os chefes de estados capitalistas se reunirão em Belém do Pará para debater os rumos de uma economia em crise, um modelo econômico que não respeita e não resolverá os problemas ambientais. Compreendemos que somente nossa luta e mobilização garantirá a derrota do projeto do marco temporal, a demarcação de terras e a preservação ambiental que precisamos para frear as mudanças climáticas e garantir a vida humana na terra. O lucro do agronegócio, ruralista, garimpeiros e da burguesia industrial não pode estar acima das nossas vidas, dos nossos direitos e do Planeta Terra.
Não temos ilusões que a COP30 resolverá esses problemas, por isso seguimos exigindo que a APIB, MST, MAB, as centrais sindicais e movimentos devem organizar mobilizações e uma cúpula paralela ao evento, não podemos dar credibilidade as negociatas capitalistas.
Não há vida possível sem os povos e territórios indígenas!
Contra o Marco Temporal!
Brasil é terra indígena!
A vida e luta não começam em 88!