Unidade de ação contra Trump e o imperialismo | Combate Socialista Nº 195

Donald Trump, líder da extrema direita, é o chefe do império estadunidense. Ele tenta ampliar a exploração contra a classe trabalhadora e os setores populares. A deportação de trabalhadores brasileiros, algemados e agredidos, mostra que Trump não tem limites. A recente prisão do jovem palestino Mahmoud Khalil, na Universidade de Columbia, é outro exemplo. É preciso detê-lo através da mobilização.
Um governo das multinacionais e defensores do nazismo
O governo dos EUA é apoiado pelas maiores multinacionais do planeta. Elon Musk, dono da Tesla, possui um cargo no departamento de “eficiência” na Casa Branca. Musk defende ideias nazistas e apoiou recentemente a extrema direita racista alemã.
Mark Zuckerberg, dono da Meta, e Jeff Bezos, da Amazon, executivos da Apple e Google igualmente apoiam Trump. Eles sonham com um mundo sem direitos trabalhistas e salários de fome. Usam nossos dados das redes sociais como bem entendem. Querem saquear minérios e florestas para aumentar seus lucros. São nossos inimigos.
Não há diálogo com a extrema direita!
A CST, seção da UIT-QI, é parte dos que se opõem a esse projeto. Nossa internacional realiza uma campanha contra Trump e o imperialismo (páginas centrais). Precisamos de unidade de ação contra esse plano antioperário, machista, racista e LGBTfóbico.
Alguns governos fazem discursos contra Trump, mas palavras não bastam. O governo de Lula/Alckmin nada fez de concreto contra a deportação que atacou a soberania nacional. O Itamaraty patrocina “negociações” com funcionários dos EUA acerca das tarifas de aço e alumínio brasileiro. O ministro Haddad fala que “a ordem é negociar”. Mas não há negociação com a extrema direita. Exigimos do governo Lula/Alckmin a taxação das multinacionais, o não pagamento da dívida e a expulsão do embaixador dos EUA.
Unidade latino-americana contra Trump
Em fevereiro ocorreu uma mobilização envolvendo milhares de pessoas no Panamá. Nossos camaradas da Proposta Socialista (UIT-QI) informam que a mobilização enfrentou o projeto que privatiza os recursos do Fundo de Seguridade Social do governo Mulino e repudiou as ameaças de Trump contra o Canal do Panamá. O protesto questionou a visita do secretário de estado norte-americano, Marco Rubio, e do almirante Alvin Holsey, do comando sul dos EUA (ver em www.cstuit.com). É um exemplo a ser seguido.
É preciso realizar uma reunião operária, indígena, estudantil, camponesa e feminista latino-americana contra Trump e o imperialismo estadunidense. Exigimos da CUT, CTB, APIB, MTST e UNE a construção desse movimento articulado com as centrais sindicais e movimentos sociais de nosso continente.
A frente ampla de Lula não combate efetivamente a extrema direita
A extrema direita é um perigo real. Isso pode ser visto no projeto “motosserra” de Milei e na repressão aos protestos dos aposentados na Argentina (ver @cst-uit). Por isso exigimos que os golpistas do 8J sejam punidos. O governo Lula/Alckmin não fez nada para prender Bolsonaro. E mantém na frente ampla figuras golpistas como Múcio na cúpula das forças armadas.
O governo Lula/Alckmin não revogou medidas como a reforma trabalhista e previdenciária, nem recompôs o orçamento da educação. Além disso, com o Arcabouço Fiscal a frente ampla abre caminho para o fortalecimento do bolsonarismo.
Exigimos a unificação das lutas
Os professores e os povos indígenas do estado do Pará mostraram o caminho para defender direitos. Com greve e ocupação unificada conseguiram vitórias. O movimento de mulheres realizou o 8M nas ruas. Haverá paralisação da educação municipal de SP e outras assembleias e campanhas salariais estão a ocorrer. Aconteceram movimentos reivindicando o fim da jornada 6×1. Diante disso, exigimos um plano de luta da CUT, CNTE, UNE, sindicatos e do movimento negro e feminista para coordenar manifestações.
Construir uma esquerda independente unitária
Ao lado da luta unificada, temos de construir uma esquerda independente da frente ampla de Lula/Alckmin. Defendemos uma reunião das direções dos partidos que não integram o governo Lula: UP, PCBR, PSTU, MRT, SoB e CST. Atualmente nenhuma dessas organizações consegue por si só construir uma forte esquerda independente. Por isso defendemos uma reunião conjunta para traçar ações unitárias. Propomos iniciar agrupando as forças que se unificaram na última campanha eleitoral: PSTU, MRT, SoB e CST. (ver entrevista com Babá, pág. 9).
Vem pra CST!
A CST é uma organização socialista e revolucionária independente, seção da UIT-QI, que batalha pela unidade da esquerda independente e luta pela mobilização permanente para enfrentar os planos de ajuste dos governos capitalistas. Defendemos um governo da classe trabalhadora, sem patrões, que rompa com o imperialismo, no caminho de construir um Brasil Socialista. Precisamos de sua participação para fortalecer esse projeto. Seja militante! Participe de nossas reuniões! Ajude a distribuir e financiar nosso jornal!