Repudiamos a escalada repressiva do governo e exigimos a libertação imediata dos detidos
Desde ontem, o governo vem intensificando a repressão contra ativistas, dirigentes políticos e seus familiares, com características de terrorismo de Estado. Até agora, cerca de 9 pessoas foram presas nos estados de Caracas, Falcón, Trujillo e Bolívar.
Entre os presos estão Enrique Márquez, ex-candidato presidencial e líder de Centrados, Carlos Correa, defensor de direitos humanos e diretor do Espacio Público, e Rafael Tudares, genro do ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia. Por outro lado, há vários dias o governo, por meio de agentes do SEBIN, vem perseguindo e assediando Juan Barreto e María Alejandra Díaz, membros da Frente Democrática Popular, junto com Enrique Márquez.
Isso é apenas mais um episódio da deriva repressiva e autoritária do governo, que se manifesta há vários anos, acompanhando a implementação de um severo ajuste econômico, em acordo com o empresariado nacional e transnacional.
Desde o final de dezembro passado, uma mobilização policial inusitada e desproporcional tem sido colocada em prática nas ruas da capital e de outras cidades do país, com o uso até mesmo de agentes da DGCIM, parando e verificando veículos particulares e transportes públicos, algo que alarmou a população.
A guinada repressiva do governo de Maduro ocorre poucos dias antes da data prevista para a posse presidencial na Assembleia Nacional. Tem como objetivo desencorajar qualquer protesto popular, tendo em vista a proximidade da consumação da escandalosa fraude eleitoral realizada em 28 de julho.
Nós, do Partido Socialismo y Libertad [Partido Socialismo e Liberdade], repudiamos essa nova guinada repressiva e exigimos a libertação imediata de Enrique Márquez, Carlos Correa e das centenas de pessoas detidas desde 29 de julho, bem como o fim do assédio a Juan Barreto e María Alejandra Díaz.
Caracas, 8 de janeiro de 2025
Comitê Executivo
Partido Socialismo y Libertad