Governos municipais e estaduais decretam aumentos nas tarifas de transporte
Em diversas cidades brasileiras, incluindo as maiores, prefeitos e governadores começaram 2025 atacando o orçamento do trabalhador e impondo aumentos nas tarifas do transporte público. O impacto social dessa medida é imenso, levando ao empobrecimento da população que depende do transporte público.Isso se combina com o crescimento da inflação nos últimos meses, no qual o “carro-chefe” foi o aumento do preço da carne e do café.
Os aumentos nas maiores cidades do Brasil
Em São Paulo, o prefeito recém reeleito Ricardo Nunes (MDB), impôs o aumento de R$4,50 para R$5,00, totalizando um crescimento absurdo de 11,11% na passagem de ônibus. O governador Tarcísio passou a passagem do Metrô e CPTM de R$5,00 para R$5,20. No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), aumentou a tarifa de R$4,30 para R$4,70, aumento bem superior à inflação. O governador bolsonarista Cláudio Castro, anunciou para fevereiro um aumento de R$7,10 para R$7,60 na Supervia, empresa de trens que vive uma enorme crise por causa do fracasso da gestão privada. Em Belo Horizonte, a gestão da prefeitura encabeçada por Fuad Noman impôs um aumento de R$5,25 para R$5,75 na tarifa dos ônibus.
Como estamos vendo ocorreram aumentos acima da inflação em diversas capitais. Os governos trabalham para encher ainda mais os bolsos dos donos das empresas de transporte público, enquanto prejudicam a vida da população. Os ricaços donos dessas empresas, que obviamente não utilizam transporte público, são os grandes beneficiados da política de aumento das tarifas.
A política insuficiente de salário mínimo no governo Lula/Alckmin
Em paralelo à política de aumento nas tarifas, Lula declarou um aumento no salário mínimo, que passou de R$1412,00 para R$1518,00, totalizando um aumento de 7,5%. Como vemos, na maioria das cidades, a tarifa aumentou muito mais que o salário mínimo. Combinado a isso, em 2024, a carne vermelha subiu em média 20%. O café, subiu cerca de 30%. Ou seja, o aumento dado pelo governo do PT é completamente insuficiente.
Lula não aumenta mais o salário mínimo justamente para manter seus compromissos com o chamado “Arcabouço Fiscal”, política apoiada não apenas pelo governo, mas também pelo Congresso reacionário. O “Arcabouço” nada mais é do que a garantia do repasse de quase metade do orçamento do Brasil para o pagamento da dívida pública.
Ocupar as ruas contra o aumento das tarifas do transporte
É fundamental protestarmos nas ruas contra os aumentos das tarifas. Isso é o que pode garantir melhores condições de vida para a classe trabalhadora.
Nesse sentido exigimos que as maiores centrais sindicais como a CUT, CTB e Força Sindical, em conjunto com as entidades estudantis como a UNE e a UBES, convoquem imediatamente mobilizações e protestos em todas as cidades onde a tarifa do transporte aumentou ou está anunciada para aumentar. Precisamos seguir o exemplo do ato que já está chamado em São Paulo pelo MPL, Sindicato dos Metroviários e outras entidades e organizações da esquerda socialista.
Não ao aumento das tarifas de transporte!
Ar-Condicionado em todos os ônibus do país!
Passe-Livre, já!
Pela estatização das empresas de transporte sob controle dos trabalhadores!