Panamá: colônia nunca mais! Chega de interferência ianque no Panamá! Trump, tire as mãos do Panamá!

Por Propuesta Socialista [Proposta Socialista], seção da UIT-QI no Panamá

26/12/2024. Há 35 anos ocorreu a última invasão do nosso país pelo imperialismo estadunidense. Milhares de panamenhos e panamenhas morreram naquela oportunidade. Todos os governos – desde Endara Ford e Arias Calderón, que pediram a invasão; Ernesto Peréz Balladares PRD, que tentou aprovar o Centro Multilateral Antidrogas – CMA (bases disfarçadas); Mireya Moscoso panameista, que em seu governo assinou os chamados acordos complementares Salas Backer; Martín Torrijos PRD, que manteve os “acordos de segurança” com os Estados Unidos; Ricardo Martinelli CD-RM, que assinou o acordo para a construção de bases aeronavais com assessores estadunidenses (bases disfarçadas) e também confessou ter votado a favor do Estado sionista de Israel a pedido dos gringos; Juan Carlos Varela panameista, que aprofundou tais acordos; assim como Laurentino Cortizo PRD, que fez acordos secretos com os Estados Unidos; e o atual José Raúl Mulino RM, que se orgulha de ter solicitado a invasão de 1989 e que, violando a Constituição Política do Panamá, “deslocou” nos seus discursos a fronteira dos Estados Unidos para a província de Darien – foram tutelados e vendidos ao imperialismo estadunidense.

Esses governos e outras figuras vendidas aos gringos não saem da embaixada norte-americana, reportando-se ao embaixador de plantão. E fazem como o prefeito da capital, Mayer Mirachi, que se declara admirador de Trump e diz que, se os gringos não tivessem invadido, ele não seria prefeito.

Para reafirmar a sua lealdade, um dia antes do 35º aniversário da invasão, Mulino reivindicou a agressão norte-americana, ofendendo a memória dos panamenhos que perderam suas vidas, suas casas, foram torturados e desapareceram devido às armas que os gringos testaram em nosso país. Os gringos invasores chamaram tal infâmia de “danos colaterais”. Foi assim que, no dia 20 de dezembro deste ano, Mulino não compareceu aos atos oficiais e à mídia. Os vendidos esconderam, como fazem todos os anos, a invasão de 89, chegando a classificar o dia 20 como feriado em vez de Dia Nacional de Luto.

Diante desse panorama, nossa organização, Propuesta Socialista UIT-QI, através da sua porta-voz, a companheira Priscilla Vásquez, destacou no ato que marcou a data, organizado pela Aliança dos Povos Unidos pela Vida, que a luta por soberania é mais válida do que nunca e deve ser colocada como um dos pontos fundamentais do programa unitário da classe trabalhadora e do povo.

No dia 21 de dezembro, Trump ameaçou tomar o canal do Panamá, caso o país não siga as suas ordens.

Tudo isso enquanto a First Quantum pediu a Trump para “ordenar” o funcionamento da mina, como se fôssemos uma colônia dos Estados Unidos. Isso com o silêncio cúmplice do governo Mulino.

Diante das graves ameaças de Donald Trump, Mulino respondeu que o canal pertence ao Panamá, sem tomar quaisquer medidas diplomáticas.

Frente a tal cenário, apelamos à continuação da mobilização em defesa da nossa soberania; pela saída do país da Mineração Panamá; contra o Projeto de Lei 163, que entrega o Fundo de Seguridade Social aos bancos e outras empresas; e contra a posição dos gringos, com Donald Trump à frente, e dos vendidos, começando por Mulino e todos os ex-presidentes pós-invasão, que agora constituíram uma “comissão” supostamente para garantir a nossa soberania, ou seja, garantir os interesses do imperialismo estadunidense.

É necessário que os povos do mundo continuem a repudiar o imperialismo em geral. E que, no Panamá, tenha continuidade a luta contra o imperialismo ianque

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