Mulheres seguem sofrendo com a violência dos governos!
Para garantir dinheiro para os banqueiros e para a dívida pública, o Arcabouço Fiscal de Lula-Alckmin realiza cortes no orçamento. Este ano o Ministério de Mulheres sofreu um corte de 17,5% de verbas, o maior entre os ministérios. Esses cortes impactam diretamente, por exemplo, na criação ou manutenção das Casas da Mulher Brasileira (CMB), unidades de acolhimento a vítimas de violência, e outras políticas públicas voltadas ao combate à violência contra a mulher.
Já a extrema direita mantém seus ataques. Em SP, o governador Tarcísio de Freitas congelou os investimentos voltados ao Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, mesmo com o aumento de estupros e feminicídios em 2023 no estado. Já o prefeito Ricardo Nunes segue negando o aborto legal no Hospital referência Vila Nova Cachoeirinha.
Gráficos: Em 2023, todas as formas de violência contra mulher cresceram no país:
61% das vítimas têm até 13 anos.
52,2% das vítimas de estupro e 63,6% das vítimas de feminicídio são negras.
Não à PEC 164/2012 que ataca as meninas e mulheres!
Essa PEC está sendo articulada para ser aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) ainda em novembro. Essa Comissão é dominada pela extrema direita bolsonarista! Se essa PEC for adiante, TODOS os abortos legais em qualquer tempo deixarão de existir!
Diante dessa ameaça, a Frente Nacional pela Descriminalização e Legalização do Aborto (FNDLA) convocou duas reuniões emergenciais para planejar estratégias de enfrentamento a esse ataque.
Infelizmente, a maioria das organizações que integram a FNDLA ainda apostam em negociações dentro do parlamento, estratégia que se provou ineficaz. Por isso, nós, da CST, defendemos na reunião que novos atos sejam convocados, com rodas de conversas, panfletagens e quaisquer outras
atividades que ajudem a mobilização! No primeiro semestre, conseguimos barrar a aprovação do PL 1904 com luta. Esse é o caminho que precisamos seguir para barrar a PEC 164!
É necessário que a Frente Nacional e as Frentes Estaduais de legalização do aborto, as plenárias do 8M e as organizações feministas organizem um calendário de mobilização contra a PEC 164/2012.
Não à PEC 164/2012!
Arquivar o PL 1904!
É pela vida das mulheres, meninas e pessoas que gestam!
“Se me matam, levanterei os braços do túmulo e serei mais forte!”
Com essa frase, Minerva Mirabal, da República Dominicana, respondeu àqueles que a advertiram de que o regime ditatorial de Leónidas Trujillo iria matá-la, se ela seguisse sua militância contra o regime.
No dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Mirabal (Minerva, Pátria e Maria Teresa), conhecidas como “as borboletas”, foram brutalmente assassinadas pela polícia secreta. As mulheres foram enforcadas e
espancadas e os agentes simularam um acidente de carro. Nesta data, nos lembramos da coragem e valentia das irmãs Mirabal, que ousaram desafiar o ditador e lutaram até o último suspiro contra a
exploração e repressão impostas à classe trabalhadora dominicana. Também é dia de lutarmos contra a violência contra todas as mulheres!