Nossa solidariedade a Breno Altman! Nenhum defensor da Palestina pode ser censurado ou perseguido!
Por Ana Luiza Ugucione, militante da CST.
Breno Altman, jornalista e fundador do portal Opera Mundi, foi mais uma vez processado e punido pela justiça brasileira por prestar solidariedade à causa palestina.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) foi quem entrou com a ação, solicitando a derrubada de vinte publicações do jornalista; além de 80 mil reais em indenização, desmonetização do perfil de Altman nas redes sociais e o pagamento de um salário mínimo a cada israelense com residência no Brasil.
No dia 31, o tribunal de justiça de São Paulo determinou que o jornalista removesse cinco dessas vinte publicações e o pagamento de 20 mil reais por danos morais coletivos, justificando que essas publicações tinham cunho racista contra judeus.
Altman critica as ações militares de Israel no território palestino, sendo por isso acusado de antissemitismo; quando na verdade ele critica o genocídio comandado por Netanyahu.
Há menos de 80 anos atrás não existia o Estado de Israel – e, há pouco mais de 70 anos, sionistas promovem a invasão no território, o regime de apartheid e o massacre do povo palestino. Desde outubro de 2023 o mundo vem testemunhando, com horror e revolta, o aprofundamento brutal do genocídio que o Estado de Israel, esse sim racista com os árabes, vem promovendo.
No mundo inteiro, em diferentes cidades e países, o povo foi às ruas para gritar Palestina Livre! Para exigir cessar-fogo, denunciar o massacre do povo palestino, especialmente de crianças palestinas, e lutar por uma Palestina laica, democrática e não racista. No mundo todo, muitos judeus (como o próprio Breno Altman) estiveram e estão presentes dizendo “não em nosso nome”, demonstrando solidariedade e o não acordo ou cumplicidade com o Estado de Israel e o sionismo.
Equivaler judeus ao sionismo e/ou equivaler críticas a Israel à antissemitismo é um desrespeito a todo judeu ao redor do globo que se levantou contra o racismo, o extermínio e prestou solidariedade ao povo palestino. Prestamos então nossa solidariedade a Breno Altman por essa decisão de censura e oportunismo da justiça. Seguiremos lutando com e pelo povo palestino, denunciando e exigindo o fim das relações econômicas, diplomáticas e militares que o governo Lula-Alckmin segue mantendo com o Estado de Israel e pelo fim desse Estado racista e assassino!
Ninguém deve ser punido, censurado nem sentenciado por denunciar esse massacre do povo palestino