Fora G20 do Brasil! Fora o imperialismo da América Latina!

O governo Lula recebe a reunião da cúpula do G20, que será nos dias 18 e 19 de novembro no estado do Rio de Janeiro. Esse é o encontro anual dos países ricos e subdesenvolvidos, do imperialismo e das semicolônias, para definir como explorar os trabalhadores e tentar jogar a crise do capitalismo no colo da nossa classe e do povo pobre.

Na página oficial do evento parece que será um encontro em defesa do planeta e do meio ambiente, mas sabemos que não é assim. Até porque muitos dos países do G20 são os principais responsáveis pela crise ambiental que passa o mundo e os que mais emitem CO2, entre eles os EUA e a Alemanha. Do mesmo modo como são as potências dos países que são as sedes das multinacionais que exploram nossa força de trabalho e saqueiam nossos países.

Um encontro que serve para a lógica econômica e política capitalista, que empurra para fome mais de 700 milhões de pessoas, um batalhão de famintos, resultado dos planos de ajustes do imperialismo e os seus organismos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.

Também não são poucos os países do G20, como EUA, França e Reino Unido, que apoiam o Estado nazissionista de Israel através do fornecimento de armas e dinheiro, sendo cúmplices do genocídio contra o povo palestino e se calando ou remediando o que ocorre na Faixa de Gaza, Cisjordânia ou mesmo agora na ocupação do Líbano. Infelizmente o próprio governo Lula-Alckmin ainda mantém contratos bilionários com o Estado de Israel e não rompeu relações de nenhum tipo com o governo israelense. Além disso, mantém intacto os acordos capitalistas que submetem nosso país pela via, por exemplo, do pagamento da dívida externa e interna ao sistema financeiro dominado pelas grandes potências estrangeiras.

G-20 “Social”: uma mentira para limpar a cara do imperialismo

Antes da reunião do G20 oficial acontecerá o G20 “Social”, uma iniciativa do governo Lula para cooptar e enfraquecer qualquer fórum de luta que denuncie o próprio G20. Essa política do governo ocasionou um racha na tradicional reunião da Cúpula dos Povos, com setores, como CUT e MST, rompendo com a Cúpula para privilegiar o G20 Social do governo. Essa postura vergonhosa ajuda a “limpar” a cara do imperialismo que hoje mata as crianças palestinas, nega que no Brasil o governo Lula é quem aplica a política de austeridade capitalista, como o Arcabouço Fiscal, e tenta enfraquecer qualquer tipo de mobilização contra o G20 e os seus países. Uma posição que bloqueia a consciência anti-imperialista e anticapitalista que marcava as mobilizações contra o G20.

A Cúpula dos Povos tem que ser independente do governo Lula

No período em que acontecerá o G20, movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda estarão organizando a Cúpula dos Povos, uma atividade de contraponto ao encontro imperialista.

Defendemos que a cúpula tenha um caráter de enfrentamento aos governos capitalistas responsáveis pela crise mundial, exploração, miséria e destruição do meio ambiente, destacando que ela também tem que se contrapor ao governo Lula, o anfitrião da reunião do G20. Isso é importante porque foi a postura pró-governo e sem independência de classe de muitos setores, como o MST e a CUT, que acabou rachando a própria Cúpula dos Povos.

Defendemos uma cúpula independente do governo Lula-Alckmin e que verdadeiramente enfrente os governos capitalistas e imperialistas responsáveis pelo genocídio na Palestina e pela crise econômica e a catástrofe ambiental no mundo.

Preparar o ato contra o G20

Para o dia 16/11 está se construindo um ato em Copacabana em unidade com a Coalizão pelo Clima contra o G20. Chamamos a todos os setores políticos e movimentos a construir a unificação e definir logo sua convocatória. É necessário fortalecer a mobilização contra os imperialismos que destroem o meio ambiente e explora a classe trabalhadora do Brasil e da América Latina com arrocho salarial, longas jornadas de trabalho e redução de direitos. Nós, da CST, seção no Brasil da UIT-QI, não concordamos que o ritmo da sua convocação fique condicionado à decisão dos setores que romperam com a Cúpula dos Povos, pois isso pode atrasar a construção da atividade e mudar o caráter do ato.

A mobilização deve ser feita desde já e de forma independente, convocando com quem de fato queira construir um forte ato que coloque na ordem do dia o apoio à resistência palestina e a expulsão do exército nazissionista de Israel da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e do Líbano, o enfrentamento à crise climática e a derrota dos planos de austeridade fiscal capitalista representadas aqui no Brasil pelo Arcabouço Fiscal de Lula e privatizações de governadores como Tarcísio ou Cláudio Castro e prefeitos como Ricardo Nunes. Pela solidariedade internacional com a mobilização da classe trabalhadora e da juventude argentina contra o governo da extrema direita de Milei.

Fora G20 do Brasil! Fora o imperialismo da América Latina!

Todo apoio à resistência Palestina. Fora Israel de Gaza, da Cisjordânia, de toda a Palestina e do Líbano! Por uma Palestina laica, democrática e não racista!

Enfrentar com mobilização nacional e internacional a catástrofe ambiental e climática capitalista! Expulsar as multinacionais do Brasil e da América Latina e expropriar todas essas empresas!

Pelo não pagamento da dívida externa e interna! Por uma frente de países latino-americanos contra o pagamento da dívida!

Contra o Arcabouço Fiscal e os planos patronais a serviço dos países imperialistas! Por reajuste salarial, redução das jornadas de trabalho, fim das privatizações e em defesa de planos de emergência climática!

 

 

 

 

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