O assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar: outro crime de Israel e de seu plano colonialista

Israel anunciou o assassinato do dirigente mais importante do Hamas, Yahya Sinwar. Segundo a imprensa internacional, numa operação militar de rotina perto de Rafah, as forças de defesa israelenses metralharam um grupo de combatentes e bombardearam os seus abrigos. Lá, Sinwar foi assassinado. Seu cadáver foi exibido como troféu e levado para Israel, com o característico ódio sionista. O dirigente do Hamas Khalil al-Hayya confirmou o assassinato de Yahya Sinwar em 18 de outubro e afirmou que ele morreu em combate, com seu colete, seu Kufiyeh [lenço tradicional usado pelo povo palestino] e sua AK-47.

O Estado de Israel e o governo de Netanyahu têm perseguido por todos os meios a liderança das organizações de resistência do povo palestino. Assim, na quarta-feira, 31 de julho, o Estado de Israel e o sionismo assassinaram o presidente do Bureau Político do Hamas, Ismail Haniyeh, num ataque terrorista enquanto ele estava em Teerã, capital do Irã. Da mesma forma, Israel assassinou Nassan Nasrallah e outros dirigentes do Hezbollah com o uso de explosivos instalados em bipes e rádios.

Apesar do duro golpe, os mártires da resistência serão substituídos por novos líderes, que estão emergindo da luta constante contra a ocupação genocida de Israel no território palestino, em Gaza e na Cisjordânia. Enquanto Israel – junto com o imperialismo estadunidense e europeu e os seus governos – celebra o assassinato de Sinwar, os povos árabes mobilizam-se para recordar, com pesar e combatividade, a perda do seu dirigente. E juram manter a resistência.

Israel não assassinou apenas os dirigentes Sinwar, Haniyeh e Nasralh, entre outros. Já matou mais de 42 mil pessoas, das quais mais de um terço eram crianças. Netanyahu procura, com o seu plano ultrarreligioso nazi-sionista, construir a “Grande Israel”, com a expulsão de todo o povo palestino de Gaza e da Cisjordânia e da população do sul do Líbano. Essa política de guerra permanente enterrou os Acordos de Oslo e a fracassada solução dos “dois Estados”. E despertou o repúdio dos povos do mundo, que continuam a se mobilizar. São recorrentes enormes manifestações nas principais cidades do mundo. Nos Estados Unidos, está ocorrendo um significativo movimento, que perpassa o movimento operário e estudantil. Os novos dirigentes sindicais rejeitam a política de Biden e exigem um embargo de armas. No Estado espanhol foram realizadas grandes mobilizações e uma greve geral. Em Santiago, Chile, centenas de milhares de pessoas mobilizaram-se no dia 5 de outubro. Durante os últimos dias, os trabalhadores do maior porto da Grécia deram mais um exemplo da solidariedade global, ao agirem para impedir que 21 toneladas de munições cheguem ao porto israelense de Haifa.

Nós, da Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-QI), defendemos a continuação da mobilização global em solidariedade com o povo palestino e libanês, exigindo que todos os governos do mundo rompam as relações diplomáticas, políticas, econômicas, militares e culturais com Israel. A resistência não está derrotada! Parem de enviar armas! Parem de financiar o genocídio! Basta de mortes por fome e doenças! Abertura imediata das fronteiras, para garantir a entrada da ajuda humanitária! Fora Israel de Gaza, da Cisjordânia, de toda a Palestina e do Líbano! Por uma Palestina única, laica, democrática e não racista! Viva a Palestina livre, do rio ao mar!

Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional

18 de outubro de 2024

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *