Nicarágua: a jornalista Fabiola Tercero completa 85 dias de “desaparecimento forçado”

Que Fabiola apareça e seja libertada!

A Fundação para a Liberdade de Expressão e Democracia (FLED) denunciou que a jornalista feminista nicaraguense Fabiola Tercero Castro completou 85 dias de “desaparecimento forçado”. Além disso, criticou o silêncio mantido sobre o assunto pelo governo de Daniel Ortega na Nicarágua.

Fabiola Tercero é reconhecida por seu trabalho em plataformas digitais e por um projeto literário, que incentiva a leitura. A jornalista feminista criou em 2017 “El Rincón de Fabi”, uma plataforma de promoção da leitura, para atrair novos leitores nicaraguenses na era digital, através da dinâmica de distribuição de livros com troca ou sorteio. É uma comunicadora feminista, que está desaparecida desde 12 de julho.

Os “desaparecimentos forçados” são um mecanismo repressivo utilizado pela ditadura de Daniel Ortega para reprimir vozes críticas na Nicarágua.

Em todos esses casos, os familiares não conseguem ver os seus entes queridos por meses e nem verificar o seu paradeiro ou estado de saúde. Existem outros casos de pessoas em “desaparecimento forçado”, como o ex-deputado indígena Brooklyn Rivera e o oposicionista Jaime Navarrete Blandón.

Nós, da UIT-QI, apelamos aos setores que, no mundo, se dizem democráticos – como intelectuais, jornalistas, artistas e personalidades políticas, sindicais, estudantis e da luta socioambiental – a exigirem o aparecimento e libertação imediata da jornalista feminista Fabiola Tercero e de outras pessoas na mesma situação na Nicarágua.

Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-QI)

 

12 de outubro de 2024

 

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