A CST pede seu voto para a esquerda independente! | Combate Socialista Nº 190

No próximo dia 6 de outubro ocorrem eleições para prefeitos e vereadores em todo o país. Muitos partidos tradicionais, empresários e até criminosos como Marçal pedem seu voto. Eles prometem mundos e fundos, mas depois de eleitos viram as costas e aproveitam as mordomias do poder. São vigaristas que desejam se eleger para reprimir o povo negro nas favelas, impedir que as pautas feministas avancem e manter a catástrofe climática e ambiental (ver as páginas centrais). Não se engane! O seu voto pode ser útil para fortalecer as lutas pelas pautas da classe trabalhadora, das mulheres e da juventude. A organização e mobilização são o caminho para conquistar nossas reivindicações. Somente quando formos governadores por nós mesmos, por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, é que teremos nossas reivindicações atendidas de verdade.

A extrema direita precisa ser combatida nas ruas

Em SP as eleições revelaram uma nova figura da extrema direita que repercute nacionalmente. O milionário Pablo Marçal, que enriqueceu aplicando golpes, com fortes relações com o PCC, que domina as redes sociais para divulgar as mentiras do empreendedorismo.

Nós combatemos Marçal e a extrema direita por sua defesa dos planos autoritários e de ajuste fiscal. Marçal, Ramagem e Éder Mauro são figuras contra a classe trabalhadora e autoritários e precisam ser derrotados. Não podemos combater essa extrema direita golpista com discurso de “paz e amor”. Temos de enfrentá-los com determinação nas ruas. Muitos eleitores da frente ampla comemoram a cadeirada de Datena em Marçal. Entendemos esse sentimento de “alma lavada” ao ver aquele gesto, mas a verdadeira vingança contra a extrema direita não é individual e sim coletiva. Nosso ódio precisa ser canalizado por meio da ação direta nas ruas. Por outro lado, Datena, político ultrarreacionário, candidato do PSDB, que sempre governou SP, nada tem a nos oferecer. Devemos seguir o exemplo da classe trabalhadora argentina, que organiza a luta nas ruas contra Milei e a extrema direita.

A frente ampla não é a saída!

Diante do desastre bolsonarista e dos governos estaduais e municipais da extrema direita, muitos colegas de trabalho e estudo pensam em dar seu voto para a frente ampla. Um voto em repúdio a figuras como Marçal. Entendemos essa forma de pensar, mas discordamos dela. E vamos explicar nossa visão.

A frente ampla de Lula governa o país. Para vencer em locais estratégicos eles realizam alianças mais à direita, para se mostrar palatável para os bilionários e conseguir apoio da Faria Lima. O caso de SP é emblemático. A campanha de Boulos/PSOL esconde que ele foi líder de ocupações do MTST. A imagem da campanha é sempre com Marta Suplicy, que até poucos meses atrás estava no governo ultrarreacionário do atual prefeito Ricardo Nunes (apoiado por Bolsonaro). Além de incluir um coronel da PM na equipe de seu programa de segurança, Boulos recuou sobre legalização das drogas e aborto. Seu discurso não é de enfrentamento contra a extrema direita, falando de “amor” e “cidade mais humana”. Uma grande contradição para quem se reivindica socialista é defender ampliar a repressão militar, via “dobrar o efetivo da GCM” e “levar ronda escolar e policiamento de proximidade a todos os bairros”. Aumentar as tropas nas ruas é proposta tradicional dos partidos reacionários. Com variações, essa é a linha da frente ampla no RJ onde, está dividida com Eduardo Paes e Tarcísio/PSOL, ou MG e RS. São questões importantes para você pensar na hora de votar.

A frente ampla não governa para nossa classe

Nos últimos meses, várias categorias nacionais, que foram fundamentais para derrotar Bolsonaro, entraram em greve exigindo melhores salários, condições de trabalho e carreira, sem que suas pautas fossem atendidas. Essas lutas questionaram o Arcabouço Fiscal do governo Lula/Alckmin que congelou os salários de servidores. Ou seja, o privilégio dos banqueiros tirou o trabalhador do orçamento. Em algumas greves, o que vimos foi a criminalização com multas e o corte do salário, no caso do INSS. Se o governo Lula/Alckmin governasse para a classe trabalhadora nada disso aconteceria. A dura realidade é que estamos diante de um governo capitalista que atua com e para banqueiros, multinacionais e empresários. E que governa com pactos ultrarreacionários com Lira, o centrão, governadores como Tarcísio, Zema e Cláudio Castro, além de golpistas como Múcio no Ministério da Defesa. E isso perigosamente dá folego para a extrema direita. Basta ver a montanha de dinheiro que destina ao agronegócio, via o Plano Safra, em meio às queimadas atuais.

Vote na esquerda independente!

A CST (Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores) é uma organização socialista e revolucionária independente. Somos a seção no Brasil da UIT-QI (Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional). Pedimos seu voto para as candidatas da CST: são as feministas socialistas e revolucionárias Bárbara Sinedino (Rio), Lorena Fernandes (SP), Andressa Rocha (BH) e Jeane Carla (Uberlândia) para vereadoras com o número 16160. Para prefeitos pedimos o voto no 16, em Cyro Garcia (Rio), Altino Prazeres (SP), Wanderson Rocha (BH), Gilberto Cunha (Uberlândia), Fabiana Sanguiné (PoA), Well (Belém) e Danielle Bornia (Niterói) do PSTU. Nas demais cidades pedimos seu voto para o 16 do PSTU e para vereadores do PSTU, MRT, SoB e Emancipação Socialista. Nos fatos surgiu uma unidade eleitoral entre essas organizações que nós valorizamos. Em SP, essa unidade para a prefeitura incorporou os camaradas do PCBR.

Pedimos seu voto na esquerda independente, que nunca governou, nem participa de nenhum governo patronal, nunca atacou os direitos da classe trabalhadora e dos setores populares.

Vote nas propostas da esquerda independente

Vamos fortalecer uma esquerda independente, que ataca os banqueiros, empresários e multinacionais. Que defende o não pagamento da dívida, taxação dos bilionários e das multinacionais e a expropriação das empresas poluidoras, envolvidas em desastres ambientais e trabalho escravo no campo. Pela revogação do NEM e o fim das escolas cívico-militares. Pelo fim das privatizações e pela reestatização de todas as empresas públicas que foram privatizadas. Pelo direto ao aborto legal, seguro e gratuito, a punição dos responsáveis pelas chacinas contra o povo negro, os direitos da população LGBTQIA+ e a luta anticapacitista. Apoio à resistência palestina e pela ruptura de relações com o estado nazi-sionista de Israel. A CST defende essas propostas nas ruas e nas urnas, visando fortalecer a luta por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, e um Brasil Socialista.

 

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