Unificar a luta das FATECs por condições de estudo e trabalho

Isadora Bueno – Juventude Vamos à Luta
Brendon Armonico – estudante de ADS e Vamos à Luta
Juliano Reis – estudante de comex e Vamos à Luta

 

A condição da FATEC é insustentável

Na FATEC-leste a infraestrutura é inexistente: ficamos dias sem aula por falta de água, luz e de professores! Chegamos ao absurdo de banheiros interditados por não ter porta e assento de vaso, além do cúmulo de não ter piso em algumas salas, que, por essa razão, acabaram virando “banheiro” dos gatos que ficam nessa unidade. Durante a noite, é preciso andar mais para pegar ônibus, já que é perigoso ficar no ponto mais próximo à faculdade, enquanto a polícia fica rondando diariamente e até parada em frente à faculdade.

E a principal questão: a ampla maioria dos estudantes da FATEC precisa trabalhar e nem temos bandejão, o que leva muitas pessoas a irem até o mercado mais próximo (mesmo à noite) para comprar o que podem para driblar a fome quando chegam do trabalho para a aula, tendo em vista que a única lanchonete da faculdade tem preços abusivos.

A FATEC sofre com a política de Tarcísio/Feder para toda a educação estadual

A verdade é que o governo estadual tem o projeto de precarizar a educação, contribuir com a superexploração dos jovens – que, por terem horários complicados sem assistência estudantil, engrossam as fileiras do trabalho informal e precário – e, enfim, expulsar os pobres e trabalhadores da FATEC. No dia 15 de agosto, os trabalhadores da Fatec e Etec deflagraram greve de 24h; eles reivindicavam reajuste salarial, revisão da carreira que foi implementada em 2014, mais orçamento para o Centro Paula Souza e denunciavam o fechamento de salas que ocorrem em várias Etecs e Fatecs (onde também há a constante ameaça de fechamento de cursos). Nos solidarizamos com a mobilização que fizeram e acreditamos que esse seja o caminho para melhorar nossa faculdade.

Só a luta em unidade pode assegurar melhores condições

As FATECs reúnem mais de 90 mil estudantes e, considerando as diferenças entre os campi, a realidade em comum é de desmonte e precariedade. Para nós, da juventude Vamos à Luta, é preciso unificar os estudantes com os professores e outros trabalhadores da FATEC, exigindo infraestrutura, assistência estudantil, mais concursos públicos e revisão da carreira dos servidores. Para isso, o DCE (UJS/PCdoB), que deveria representar a todos os estudantes, precisa se fazer presente para além dos momentos de congresso da UNE e convocar uma Assembleia Geral do Estudantes para debater as nossas pautas e encaminhar a luta para arrancar vitórias do governo de extrema direita de Tarcísio/Feder.

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