Vem com a esquerda independente | Combate Socialista No.188

Nas ruas e nas urnas, defender as reivindicações da classe trabalhadora

Enquanto trabalhamos em mais uma edição do Combate Socialista, os comentários sobre as Olimpíadas de Paris estão na boca do povo. Recentemente, o Brasil ganhou seu primeiro ouro, com a judoca Bia Souza. Nos dias anteriores, a ginasta Rebeca Andrade conquistou a prata. A jovem skatista Rayssa Leal também subiu ao pódio, conquistando o bronze.

Mais verbas para o esporte, não para banqueiros!

Como um jornal comprometido com as lutas contra a exploração e a opressão, temos de refletir sobre alguns fatos neste contexto. O primeiro é a dificuldade que um atleta enfrenta no Brasil, sem incentivos para o esporte. Algo mais difícil para as mulheres, em especial as negras. Então, aproveitamos a oportunidade para exigir mais verbas para a educação e o esporte. Atualmente o orçamento federal para o esporte é irrisório. Estamos em agosto, e o que foi efetivamente investido é algo ao redor de R$ 109 milhões. Um absurdo quando comparamos ao que se destina aos banqueiros, através dos juros e amortizações da dívida externa e interna. Os parasitas do sistema financeiro levam quase metade do orçamento federal: 43% das verbas nacionais, quase R$ 2 trilhões. Tudo isso por meio do Arcabouço Fiscal do governo Lula-Alckmin. Outro problema é o “toma lá dá cá” da frente ampla, que levou André Fufuca, do Progressistas de Arthur Lira, campeão em alianças espúrias, ao Ministério do Esporte.
Defendemos um efetivo projeto nacional esportivo, que valorize nossos atletas. Com profissionais qualificados, conectado com escola de tempo integral, educadores com piso nacional e escolas sem o NEM. Por mais investimentos na educação, em nossos ginásios, quadras poliesportivas e equipamentos esportivos em nossas praças e na formação de profissionais qualificados dessa área. Para isso, exigimos o fim do Arcabouço Fiscal.

Genocidas não podem participar de Olimpíadas

A medalha de ouro de Bia Souza ocorreu após uma final contra Raz Hershko, atleta sionista que visitou as forças armadas nazi-sionistas de Israel na Faixa de Gaza. Nas redes sociais, a atleta sionista afirmou que teve “o privilégio de participar de um encontro inspirador” com o Exército e que as tropas genocidas eram uma “inspiração”. A verdade é que Israel deveria ser expulso das Olimpíadas e demais campeonatos por ser genocida. Denunciamos que o Comitê Olímpico Internacional e o governo Francês permitam que os nazi-sionistas participem das competições, bem como que os EUA e a União Europeia financiem as armas sionistas. O momento atual é uma nova oportunidade para exigir que o governo Lula-Alckmin rompa relações esportivas, culturais, diplomáticas, econômicas e militares com o enclave de Israel.

Em defesa das pautas da classe trabalhadora

Nossas pré-candidatas Bárbara Sinedino, Lorena Fernandes, Andressa Rocha e Jeane Carla, da CST, denunciam a atual política econômica e apoiam o povo palestino. Estamos participando do apoio às greves dos servidores federais, como da área ambiental, hospitais e INSS, exigindo o fim do Arcabouço Fiscal e a ruptura de relações com Israel. Do mesmo modo, divulgam um programa socialista e revolucionário (veja as páginas centrais) em apoio às candidaturas do PSTU para as prefeituras: Altino Prazeres (SP), Cyro Garcia (Rio), Wanderson Rocha (BH), Gilberto Cunha (Uberlândia), Fabiana Sanguiné (PoA), Well (Belém) e Danielle Bornia (Niterói).
Em inúmeras cidades, PSTU, CST, MRT, SoB e Emancipação Socialista estão juntos defendendo as mesmas candidaturas para as prefeituras. Trata-se, nos fatos, de uma unidade eleitoral da esquerda independente, que nós valorizamos. A CST, como organização socialista independente, batalha para que esse campo nas eleições avance para ações em comum, pois expressa uma esquerda classista.

Reivindicações operárias e populares urgentes

Vamos fortalecer uma esquerda independente, que ataca os banqueiros, empresários e multinacionais. Que, ao invés de cortar verbas sociais, propõe acabar com a mamata do sistema financeiro, através do não pagamento da dívida, taxação dos bilionários e das multinacionais. Que propõe expropriar as empresas poluidoras, envolvidas em desastres ambientais e trabalho escravo no campo. Que pauta a revogação do NEM e o fim das escolas cívico-militares. Que luta para pôr fim às privatizações e reestatizar todas as empresas públicas que foram privatizadas. Que defende o direto ao aborto legal, seguro e gratuito, a punição dos responsáveis pelas chacinas contra o povo negro, os direitos da população LGBTQIA+ e a luta anticapacitista. A CST, seção da UIT-QI, defende essas propostas nas ruas e nas urnas, visando fortalecer a luta por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, e um Brasil socialista.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *