Nota da Combate Sindical: Todo apoio à Greve dos Servidores do INSS

Desde o dia 10 de julho, os trabalhadores do INSS estão em greve. O governo Lula-Alckmin, propôs 0% de reajuste em 2024 para os servidores da previdência. Além disso, nenhuma valorização efetiva na carreira dos trabalhadores. Um verdadeiro desrespeito aos trabalham no dia-a-dia para garantir o acesso de milhões de pessoas à aposentadoria e ao BPC.
O governo toma essa medida para garantir o Arcabouço Fiscal, política de Haddad e Lula, apoiada pelo centrão, que repassa quase a metade do orçamento nacional para pagar os títulos da dívida pública aos banqueiros e grandes capitalistas. No orçamento vemos uma opção política de Lula: ataca os servidores para garantir que os muito ricos fiquem ainda mais ricos.
Como já viemos dizendo há algum tempo, com essa política de desmonte dos serviços públicos e ataques aos servidores, prevista no arcabouço fiscal, quem se fortalece também é a extrema-direita. Não à toa, Lira é um grande defensor dessa política. Não à toa, Bolsonaro durante todo seu governo atacou os servidores. A melhor maneira de combater a extrema-direita e seu projeto de liquidação dos direitos trabalhistas, é valorizar o serviço público. Esse é mais um motivo para fortalecermos a greve e defendermos as pautas de reposição salarial e valorização na carreira que vem levantando os servidores.
Além de defendermos todas as pautas dos trabalhadores do INSS em greve, precisamos de uma ampla jornada de mobilização para derrotar o Arcabouço Fiscal nas greves e nas mobilizações nas ruas.

Governo Lula aciona STJ para criminalizar a greve

Não bastasse a proposta de manter os salários congelados esse ano, o governo, através da AGU (Advocacia Geral da União), acionou o STJ para criminalizar a greve. Já havia feito isso algumas semanas atrás, contra as greves dos trabalhadores do IBAMA e ICBIO e Ministério do Meio Ambiente. A exigência do governo é que os sindicatos sejam multados em R$500 mil reais por dia e que se corte de ponto dos servidores grevistas. Uma prática antissindical completamente absurda vinda das mãos de um governo do ex-sindicalista, Lula.
Exigimos desde já que as maiores centrais sindicais (CUT, CTB, UGT, Força) façam uma campanha em solidariedade aos grevistas e rompam seu atrelamento ao governo.

Construir um sindicalismo independente de governos e patrões

Nós da Combate Sindical somos parte da construção da CSP-Conlutas, a única central sindical do país independente do governo. Infelizmente, as maiores centrais do país tem dirigentes ou ex-dirigentes, fazendo carreira em cargos indicados no governo. Nós defendemos que o movimento sindical deve ser totalmente independente do governo Lula-Alckmin. Esse é um governo de conciliação com os patrões, não é um governo dos sindicatos e dos trabalhadores. Com os recentes ataques contra as greves, o governo mostra isso.
Chamamos os trabalhadores do INSS, que estão como nós indignados com a postura do governo perante a greve, a fortalecer conosco a Combate Sindical e batalhar em cada greve e no dia-a-dia do local de trabalho pela construção de um sindicalismo sem rabo preso, que coloque a luta pelos direitos da nossa classe sempre em 1°lugar.

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