Vem com a esquerda independente! 2° manifesto das pré-candidatas socialistas e revolucionárias da CST

Vem com a esquerda independente!

2° manifesto das pré-candidatas socialistas e revolucionárias da CST

  1. Em nosso primeiro manifesto apresentamos as pré-candidatas Bárbara Sinedino (Rio), Lorena Fernandes (SP),Andressa Rocha (BH) e Jeane Carla (Uberlândia). Desde então, realizamos reuniões com servidores federais, educadores, garis, metroviários, estudantes, ativistas culturais, feministas e ambientais, construindo nosso programa para as lutas e para as urnas.
  2. As pré-candidatas socialistas e revolucionárias da CST estiveram nas passeatas feministas, nos atos contra Tarcísio, Zema e Cláudio Castro, na greve da educação federal, na solidariedade de classe ao RS e no apoio ativo aos servidores ambientais. Estivemos com a juventude nas federais. Ajudamos a construir a luta pela revogação do NEM, contra o fechamento de salas e as escolas militares em SP, na construção de grêmios em Uberlândia. Colocamos nossa pré-campanha a serviço dessas batalhas.
  3. Afirmamos a necessidade de uma esquerda sem alianças com os patrões e governos capitalistas. Uma esquerda sem pactos com reacionários. Dissemos que a frente ampla não era uma alternativa para a classe trabalhadora. Muitos acharam uma ideia radical demais. Outros nos ouviram, apesar de se manter com a frente ampla. Esse diálogo continua.
  4. Não temos por que esconder o que pensamos ou fazer discurso eleitoreiro. Em nossa visão, a frente ampla não governa para a classe trabalhadora e nem barra o avanço da extrema direita. Veja só: Lula, Boulos, PT, PCdoB e PSOL dizem que precisam de aliança com patrões e pactos com Lira porque o Congresso é reacionário e existe a extrema direita. Dizem que a “política real” é assim. Realmente, a política pragmática capitalista e o Congresso são assim mesmo. Mas isso não é bom para a classe trabalhadora e nem serve para esmagar a extrema direita. Quem se adapta aos patrões e às alianças espúrias, passa a administrar os negócios dos empresários e muda de lado. Isso desmoraliza as lutas e abre caminho para a extrema direita.
  5. Vamos pensar com calma. Como está a classe trabalhadora e como vai o combate à extrema direita? O governo Lula/Alckmin mantém o Arcabouço Fiscal: congelamento salarial dos servidores e criminalização da greve do setor ambiental. Novo corte de verbas, prejudicando benefícios sociais. As privatizações avançam com apoio do governo Lula/Alckmin: a exemplo da privatização do Metrô de BH, autorizada pelo Governo Federal, ou da destinação de verbas do BNDES para as privatizações de Tarcísio em SP. Os ruralistas recebem 400 bilhões com Plano Safra. O PL do estupro foi pautado em regime de urgência com aval do líder do governo Lula/Alckmin na Câmara dos Deputados. Os partidos de Lira e Tarcísio, de Michel Temer e da Igreja Universal integram o governo Lula. Por fim, o bolsonarista Campos Neto segue no Banco Central e o golpista Múcio no Ministério da Defesa. Ou seja, a extrema direita está ganhando fôlego e a classe trabalhadora está sendo atacada.
  6. A frente ampla está fazendo qualquer negócio para arrecadar mais votos. Basta olhar a equipe de Boulos, cheia de gente que nada tem a ver com os sem-teto. E agora Boulos importou para preparar seu plano de governo um coronel, ex-comandante da ROTA, a tropa mais nefasta e assassina de SP. Um representante da PM dentro da frente ampla!
  7. Precisamos de um projeto que reafirme a independência política da classe trabalhadora. Uma esquerda independente, que não realiza aliança com empresários, multinacionais ou setores de direita como Marta Suplicy (até poucos meses atrás secretária do governo bolsonarista de Nunes). Contra pactos com Lira, centrão ou governadores inimigos da educação, como Tarcísio, Zema e Cláudio Castro. Uma esquerda independente, que batalhe para esmagar nas ruas a extrema direita. Que proponha a retomada da luta pela prisão de Bolsonaro pela tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e o roubo de joias.
  8. Acreditamos que a classe trabalhadora não pode votar nos patrões, seus partidos ou alianças. A CST é uma organização socialista e revolucionária independente, seção no Brasil da UIT-QI. Nossas pré-candidaturas para as câmaras de vereadores apoiam as pré-candidaturas do PSTU às prefeituras. Construímos a pré-campanha de Bárbara Sinedino da CST a vereadora e de Cyro Garcia do PSTU a prefeito no Rio. De Lorena Fernandes da CST e Altino Prazeres do PSTU em SP. De Andressa Rocha da CST e Wanderson do PSTU em BH. De Jeane Carla da CST e Gilberto do PSTU em Uberlândia. Em inúmeras cidades, PSTU, CST, MRT, SoB e Emancipação Socialista estão juntos defendendo as mesmas candidaturas a prefeitos. Trata-se, nos fatos, de uma unidade eleitoral da esquerda independente, que nós, da CST, valorizamos. E batalhamos para que ela avance para ações em comum. Trata-se de um tipo de aliança eleitoral que expressa uma esquerda independente, sem rabo preso com patrões. Considerando a enorme pressão da frente ampla, a polarização com o bolsonarismo, é louvável que exista esse ponto de apoio para a independência de classe nas eleições.
  9. Queremos construir uma alternativa operária e popular que responda às necessidades básicas de salário, emprego, educação, saúde e transporte público estatal e gratuito nas ruas e nas urnas. Vamos fortalecer uma esquerda independente que ataca os banqueiros, empresários e multinacionais. Que ao invés de cortar verbas sociais, propõe acabar com a mamata do sistema financeiro, através do não pagamento da dívida, taxação dos bilionários e das multinacionais. Que propõe expropriar as empresas poluidoras, envolvidas em desastres ambientais e trabalho escravo no campo. Defende a revogação do NEM e o fim das escolas cívico-militares. Defende o direto ao aborto legal, seguro e gratuito, a punição dos responsáveis pelas chacinas contra o povo negro, os direitos da população LGBTQIA+ e a luta anticapacitista. A CST defende essas propostas nas ruas e nas urnas, visando fortalecer a luta por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, e um Brasil socialista.

 

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