Contribuição da Combate Sindical para a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas
Governo Lula aprofunda o ajuste fiscal e enche os cofres do agronegócio
A política econômica do governo Lula-Alckmin aprofunda os cortes de investimentos no país. Nas últimas semanas, Lula orientou Haddad a manter o Arcabouço Fiscal “a qualquer custo”. Isso significou mais de R$25 bilhões cortados do orçamento para 2025. Contrastando com os cortes, o agronegócio segue sendo privilegiado pelo governo. Lula anunciou na semana passada o Plano Safra, que destina mais de R$400 bilhões em subsídios para o agro. Os barões do agronegócio são apoiadores conhecidos do bolsonarismo e esse setor é responsável por 75% da emissão de CO² no Brasil. Ou seja, é o setor do país que mais contribui a devastação do meio ambiente, responsável pela catástrofeocorrida esse ano no Rio Grande do Sul.
Crescem as greves no Serviço Público Federal
Saímos de uma greve importante nas universidades federais. Essa luta durou mais de 100 dias, enfrentou a política do governo Lula e arrancou importantes avanços. Só não foi mais longe, pela política das direções majoritárias na categoria (CUT, CTB e Resistência-PSOL).Logo após o término da greve das universidades, os servidores dos órgãos ambientais saíram em greve (IBAMA e ICMBIO). Assim como a saúde federal do Rio.A FENASPS marcou um indicativo de greve para começar no dia 16. Por isso, nós da Combate Sindical propomos que o principal encaminhamento dessa Coordenação Nacional seja cercar de solidariedade e apoio as greves em curso nos serviços públicos.
Greve é um direito! Repudiamos a criminalização da greve pela via judicial como fez o governo Lula!
A Advocacia Geral da União (AGU) do governo Lula/Alckmin ingressou com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para considerar ilegal a greve dos/as servidores/as do meio-ambiente. Alegam que a greve é ilegal e abusiva e querem impor o imediato retorno ao trabalho e que a categoria garanta 100% de funcionamento, além de multa diária de 50 mil sob os grevistas.
Essa ação foi tomada com rapidez pelo governo porque a greve afeta diretamente licenciamentos ambientais que atingem a indústria petroleira e outras. A criminalização rápida da a greve é para responder a esses setores da burguesia nacional e internacional que são diretamente afestados pelo movimento paredista.
É preciso solidariedade! Vamos nos manifestar em apoio à greve dos servidores do meio-ambiente!
A greve é um direto conquistado nas ruas, arrancado na marra, contra as balas, intervenções nos sindicatos e torturas da ditadura militar. Não podemos permitir nenhum retrocesso. É um dever do movimento sindical e popular defender os grevistas da área ambiental e suas entidades.
Exigimos da CUT, CTB, CONDSEF, FASUBRA, SINASEFE, ANDES, entidades do FONASEFE, UNE, UBES, MST, parlamentares e partidos de esquerda a realização de uma forte campanha contra a criminalização da greve e um dia nacional de luta e solidariedade com a greve dos trabalhadores e trabalhadoras do setor ambiental federal. Propomos aos artistas, entidades e personalidades democráticas a realização de ações em defesa do direito de greve.
As mulheres deram exemplo de luta e derrotaram Lira
No final do primeiro semestre, Lira, a Bancada Evangélica e o conjunto da extrema-direita, anunciaram o regime de urgência para a votação do PL 1904, que condenava mulheres estupradas que abortassem a mais tempo de prisão que os próprios estupradores. Essa covardia brutal foi respondida pelo movimento de mulheres com dezenas de milhares nas ruas de todo o país.
As marchas das mulheres por todo o país, fizeram o canalha Lira retirar o regime de urgência do projeto, representando uma vitória parcial do movimento. O governo Lula mais uma vez atuou mal. Primeiro reafirmando sua posição reacionária contrária a legalização do aborto. E demorou dias para se posicionar contra o PL que representava um retrocesso medieval na legislação brasileira.
Preparar as campanhas salariais do segundo semestre
Importantes categorias de trabalhadores tem campanha salarial nesse segundo semestre. Correios, Bancários e também uma parte dos metalúrgicos. A CSP-Conlutas deve dar prioridade a essas campanhas, levantando no movimento propostas para unificar as suas atividades com as dos servidores públicos que estiverem em greve.
Eleições municipais: fortalecer a esquerda independente
O sindicalismo combativo deve batalhar pela independência política da classe trabalhadora também no terreno eleitoral. Nesse sentido, não devemos nos alinhar com as candidaturas da frente ampla lulista, que em todo o país terão apoio de setores importantes do empresariado. Assim como lutamos contra os patrões no dia-a-dia do movimento sindical, temos que lutar contra eles também no terreno das eleições. Sem alianças com os patrões, devemos seguir também o combate contra a extrema-direita bolsonarista, que representa tudo o que há de mais retrógrado no Brasil. Nesse sentido, vamos fortalecer uma esquerda independente, lançando candidaturas da Corrente Socialista das Trabalhadoras e Trabalhadores a vereador e batalharemos juntos pelo voto nas candidaturas majoritárias dos companheiros e companheiras do PSTU em cada município.
Exigir a ruptura das relações Brasil-Israel
O genocídio do Estado nazi-sionista de Israel contra o povo palestino continua. Cada vez mais isolado no terreno internacional, o repúdio ao Estado de Israel movimenta centenas de milhares que marcham contra o genocídio pelas principais cidades do mundo. A solidariedade internacional conflui com a heroica resistência do povo palestino.
Apesar de ter dado algumas declarações corretas, Lula se nega até o momento a romper relações econômicas e militares com Israel. Inclusive seu governo segue vendendo petróleo para esse estado genocida. A coordenação nacional deve reforçar a nossa campanha exigindo do governo Lula a ruptura das relações com Israel e também a construção das marchas em apoio ao povo palestino no dia 28/07.