Enfrentar o corte de verbas sociais do governo Lula/Alckmin
Ontem, dia 03/07, foi anunciado um novo corte de verbas de 25 bilhões e 900 milhões para 2025. O Ministro Haddad informou que esse corte foi uma determinação do presidente Lula para a manutenção do arcabouço fiscal “a qualquer custo”. E como sempre, a fatura vai parar na conta da classe trabalhadora. O “custo” atingirá benefícios sociais, como o de prestação continuada (BPC) pago a idosos, pessoas com deficiência e de baixa renda.
O ministro Haddad, ao lado de Simone Tebet e outros ministros do PT, informou que as determinações oficiais incluem a possibilidade de contingenciamentos de recursos ainda agora em 2024. É algo revoltante.
Arcabouço fiscal a qualquer custo!
O fato é que o governo Lula/Alckmin garante a subserviência do país aos banqueiros, ao sistema financeiro internacional, e as grandes empresas que faturam bilhões com juros e amortizações da dívida externa e interna. A diretriz estratégica e programa é o arcabouço fiscal, destinando quase metade de todo o orçamento federal para o sistema financeiro.
A ação consciente pela austeridade pode ser vista na tentativa de destruir a greve dos servidores da área ambiental. A ação da AGU contra a greve exige retorno ao trabalho de 100% e multas aos grevistas. Uma atitude anti-sindical, contra o direito de greve. O governo de um ex-sindicalista atacando o direito de greve para garantir o arcabouço fiscal – o velho teto de gastos – a “qualquer custo”. Atacar a classe trabalhadora, suas organizações, seu nível de vida e favorecer os bilionários é dar munição para o bolsonarismo.
Para o agronegócio 400 bilhões!
A classe trabalhadora sofre com congelamento salarial ou com salários baixíssimos e o desmonte das áreas sociais. Mas os banqueiros, a BOVESPA e o agronegócio vão muito bem. No mesmo dia do anúncio do corte de verbas, o presidente Lula lançou o plano safra de 400 bilhões, com altas cifras para o ruralismo, favorecendo o agronegócio assassino de sem-terra, que patrocinou o “marco temporal” financiou a intentona golpista de 8J. Setores ultrarreacionários da extrema direita que precisam ser destruídos, não financiados.
Exigimos da CUT, CTB, UNE, MTST um plano de luta contra o corte de verbas
É preciso enfrentar esse novo corte de verbas do governo Lula/Alckmin. Exigimos da CUT, CTB, Centrais Sindicais, Federações e confederações, um plano de luta. Uma plenária nacional das lutas populares juntamente com a UNE, UBES, MST, MTST, para enfrentar o ajuste fiscal. Apoiar os grevistas da área ambiental, unificar as campanhas salariais de ecetistas e bancários. Fortalecer as reivindicações dos petroleiros e metalúrgicos, e demais pautas dos movimentos sociais. Propomos uma ampla unidade do conjunto da classe trabalhadora para derrotar o corte de verbas sociais! Retirar recursos dos banqueiros, agronegócio, militares golpistas e investir no social! Por reajuste de salário, redução do preço dos alimentos e das tarifas de transporte e fim da escala 6×1! Por verbas efetivas para os camponeses e sem-terra!
Além da luta unificada, construir uma esquerda independente!
A CST, organização socialista e revolucionária independente, defende medidas emergenciais para a defesa do nível de vida da classe trabalhadora: o fim do arcabouço fiscal do governo Lula/Alckmin! A taxação dos bilionários e das multinacionais! O não pagamento da dívida externa e interna e a estatização do sistema financeiro! A duplicação do salário-mínimo! Redução da jornada de trabalho!
Junte-se a nós nessa batalha e na defesa dessas propostas para fortalecer uma esquerda independente, sem rabo preso com banqueiro e sem qualquer aliança com patrões. Uma esquerda independente que luta para esmagar nas ruas a extrema direita, sem anistia.