Luta das mulheres e dissidências de gênero

Por Isis Reis – Mulheres da CST, seção da UIT-QI no Brasil

Plenária de mulheres da CST

Na terça-feira, dia 25/06, realizamos uma plenária online. O evento, que teve como tema principal a luta contra o PL 1904 (o “PL da gravidez infantil”) e a luta pela legalização do aborto, contou com a participação de quase 80 pessoas de vários estados, incluindo também uma companheira da Argentina. E a mesa foi composta pelas companheiras Rana Agarriberri, militante da CST, professora e da Frente Estadual pela Legalização do Aborto de SP, e Isis Reis, militante feminista da CST – Rio de Janeiro.

A plenária iniciou com uma abertura da companheira Rana, que, entre outros pontos, destacou a importância da resposta que foi dada nas ruas imediatamente após a votação de pedido de urgência do projeto, e as mobilizações que vêm se construindo.

[na Frente Nacional] nós propomos e batalhamos para que em 27 de junho ocorresse uma manifestação, um chamado nacional, justamente porque a gente aposta nessa mobilização, porque de fato é aí que a gente consegue ter uma resposta, disputar a opinião pública, colocar as nossas posições e pressionar os governos“, afirmou.

Em seguida, houve uma fala da companheira argentina Mercedes de Mendieta, da Izquierda Socialista (seção da UIT-QI no país) e dirigenta da campanha pelo aborto legal na Argentina. Ela trouxe paralelos entre o movimento na Argentina, que culminou com o direito ao aborto legal, e a luta atual contra a extrema direita de Milei e as nossas experiências aqui, no Brasil.

Durante a plenária, diversas companheiras compartilharam suas experiências e perspectivas sobre o tema. Sobre isso, se pautou a necessidade de um movimento de mulheres independente de governos e a exigência de avançar no debate e na luta rumo à legalização do aborto.

Ao final da plenária, foi proposto a todes presentes se somarem nessa batalha contra o PL 1904, construírem plenárias estaduais e apresentar um calendário de lutas por todo o país. E realizado o convite para se somarem nas fileiras da CST para fortalecermos um feminismo independente, socialista e classista.

 

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Por Ana Teles – Mulheres da CST, seção da UIT-QI no Brasil

 

Pré-candidatas na linha de frente contra o retrocesso

Com a urgente necessidade de enfrentar o PL 1904, nossas pré-candidatas Lorena Fernandes (SP), Bárbara Sinedino (RJ), Andressa Rocha (Belo Horizonte) e Jeane Carla (Uberlândia) têm sido parte da vanguarda das lutas nacionais que ocorrem.

A partir das mobilizações, nossas pré-candidatas a vereadoras estiveram ativas na construção de um calendário nacional de mobilizações pelo fim do PL 1904.

Abrindo esse calendário, no dia 23 de junho, a professora Lorena esteve presente na Av. Paulista, e, durante sua fala, ressaltou a importância desta terceira mobilização e que o recuo do caráter de urgência para a votação do PL 1904 se deve a essas massivas ocupações nas ruas.

No RJ, a professora Bárbara Sinedino, durante a marcha em Copacabana, enfatizou a necessidade de nos mantermos mobilizadas e organizadas, assim como as argentinas, que permaneceram nas ruas até a conquista da legalização do aborto no país e ainda lutam contra as investidas de Milei para retirar direitos já conquistados.

No mesmo dia, a professora Andressa Rocha, presente na Praça Raul Soares (Belo Horizonte-MG), reiterou a importância histórica das mulheres na vanguarda das principais lutas sociais e a necessidade da permanência da mobilização nas ruas, não apenas até a derrubada do PL 1904, mas até a conquista da legalização do aborto no Brasil.

Essas pré-candidaturas feministas e socialistas estão a serviço das pautas das mulheres e da população LGBTQIA+, defendem o arquivamento do PL 1904, o fim da cultura do estupro, do machismo, do patriarcado; lutam pela igualdade salarial e contra a retirada de direitos; em defesa do aborto legal, seguro, gratuito e ofertado pelo SUS!

Pela vida das meninas, mulheres e pessoas que gestam!

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