Defendemos a luta unificada e uma esquerda independente (final)

5- Defendemos a luta unificada e uma esquerda independente (final)

(este texto é a terceira parte do O governo Lula e a luta contra a extrema-direita). Leia a parte I, II , III) e IV)

A CST compõe atos e protestos unitários contra a extrema direita. Estamos juntos na ampla unidade de ação nas ruas contra Bolsonaro, o bolsonarismo e a extrema direita. E para isso nos mobilizamos conjuntamente, sem nenhum problema. Nesse combate, nós, da CST, apresentamos a seguinte proposta: exigimos que CUT, CTB, UNE, UBES, MTST, MST, sindicatos e movimentos sociais convoquem uma nova jornada de protestos pela prisão de Bolsonaro e todos os golpistas. Para tal seria importante a retomada das reuniões da Articulação Povo na Rua, impulsionada pelos camaradas da UP, composta por várias forças, mas que há tempos não se reúne e não toma iniciativas. A Articulação Povo na Rua poderia batalhar por atos contra o arcabouço fiscal, o pagamento da dívida, o NEM, apoiar greves, lutar contra a privatização de presídios.

A CST defende que as centrais sindicais, movimentos estudantis e populares devem se manter independentes do governo Lula/Alckmin e construir a luta pelas nossas reivindicações. Defendemos a mobilização pelas reivindicações operárias e populares, com uma postura independente do governo Lula/Alckmin, explicando pacientemente a nossa visão. Nos diferenciamos permanentemente de sua política de conciliação de classes. Lutamos pela revogação das reformas trabalhistas, previdenciárias, privatização da Eletrobras, do NEM e reitores biônicos. E nessa luta precisamos incluir as pautas da classe trabalhadora e setores populares, negras e negros, indígenas, feministas, LGBTQIA+, anticapacitistas, socioambientais, contra a catástrofe climática capitalista. E dar todo apoio à greve do IBAMA ou da educação estadual. Exigimos essas pautas do governo Lula/Alckmin.

Na opinião da CST, ao lado da luta unificada pelas pautas da classe trabalhadora e contra a extrema direita, devemos fortalecer uma esquerda independente do governo Lula, da frente ampla e dos patrões. Precisamos construir uma esquerda independente e forte, enraizada na classe trabalhadora e movimentos populares. Para construir uma alternativa à frente ampla e bloquear o caminho da extrema direita na luta e na ação. Apelamos a que os camaradas da UP reflitam e mudem de posição, pautando o caráter e os ataques do governo capitalista Lula/Alckmin com centralidade, ajudando a construir uma esquerda independente. Nas eleições, por exemplo, propusemos uma frente eleitoral da esquerda aos camaradas e a outras forças, mas infelizmente ela não se concretizou.

Por outro lado, propomos que a luta contra o pagamento da dívida não se limite à proposta de “auditoria”. Pelo fato de que a política econômica baseada no pagamento da dívida é inteiramente ilegal, imoral, ilegítima e impagável. Entendemos, assim, que a forma mais efetiva de batalhar contra os banqueiros, as multinacionais e o imperialismo é a defesa do não pagamento da dívida.

Nós da CST acreditamos que nossas pautas emergenciais, operárias e populares, que resolvem de verdade nossa atual situação, somente serão conquistadas de forma duradoura com muita organização e mobilização. Nesse caminho, defendemos a necessidade de lutar estrategicamente por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, que rompa com o capitalismo e a exploração imperialista e efetive uma verdadeira democracia operária, sem burocratas, construindo um Brasil Socialista.

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O governo Lula e a luta contra a extrema-direita:

O governo Lula e a luta contra a extrema-direita

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