Por que a CST participa das eleições?

A falsa democracia dos bilionários e seus representantes não merece nossa confiança. Um projeto socialista e revolucionário não tem ilusões num caminho institucional e pacífico. O PSOL, por exemplo, entrou no governo capitalista Lula/Alckmin, que ataca os servidores federais, para manter mandatos e obter cargos. Na prefeitura de Belém, criminaliza as greves dos servidores municipais.

A CST combate o pragmatismo eleitoreiro. Precisamos ganhar a maioria da classe operária, da classe trabalhadora e dos setores populares para um programa revolucionário. Assim teremos força para destruir o sistema capitalista.

Ocorre que nestas eleições a maior parte de nossos colegas de trabalho e estudo vai votar em alguém. Mesmo quem está em greve pode terminar no chamado “voto útil” de algum partido patronal. Não podemos virar as costas a essa disputa política. O fato de que ela ocorre no terreno burguês das eleições é uma dificuldade, mas não impede nossa batalha. O fundamental é nos organizar para ganhar nossos colegas para a independência política da classe trabalhadora.

Vamos utilizar a campanha eleitoral para desmascarar a falsidade do atual regime político dos patrões que nos explora com reformas trabalhistas e previdenciárias; denunciar o comitê de negócios dos empresários que é o estado burguês e seus projetos absurdo de privatização; explicar que as eleições não mudam a nossa realidade, que só a luta muda a vida, apoiando as greves da FASUBRA/SINASEFE e outras; lutar contra todo tipo de opressão. Participamos das eleições para fortalecer um projeto socialista e revolucionário, para enraizar as propostas classistas e combativas da esquerda independente. Com a sua ajuda, leitora ou leitor de nosso jornal, podemos fortalecer esse projeto e as nossas pré-candidaturas. Participe de nossas reuniões, financie nossa organização e divulgue nosso jornal. Ingresse na CST e seja militante dessa batalha.

Divulgar a proposta do governo da classe trabalhadora e um Brasil Socialista,

Diferente do PT, PCdoB e PSOL, nós não compomos e nem apoiamos o governo Lula/Alckmin. Não defendemos uma governabilidade conservadora com empresários, centrão e nem conchavos com governadores e prefeitos de direita. A opinião da CST é que os problemas que enfrentamos todos os dias são de responsabilidade dos patrões brasileiros e estrangeiros que nos exploram e oprimem. É por isso que andamos em transportes lotados feito sardinha enlatada e ocorrem novos aumentos e que amargamos longas jornadas sobrecarregadas e existem mecanismos patronais como a “escala 6×1”. Também explica por que somos achacados com aluguéis e tarifas nas alturas enquanto o salário fica arrochado. Nossas necessidades cotidianas esbarram na propriedade e no lucro capitalista. Os patrões são os responsáveis. São nossos inimigos. Não podemos nos aliar e nem governar com eles.

A CST defende um programa operário e popular com medidas urgentes contra a crise social: combater o Arcabouço Fiscal, a Lei de Responsabilidade Fiscal, as privatizações, o arrocho salarial; pelo reajuste dos SPFs, redução da jornada de trabalho; o fim da jornada 6×1; revogação das medidas do bolsonarismo (reforma da previdência, trabalhista, privatização da Eletrobrás e NEM); taxação dos bilionários e multinacionais e o não pagamento da dívida para disponibilizar orçamento para reajuste salarial, pagamento do piso nacional da educação, bolsas universitárias, plano de obras públicas (hospitais, escolas, combate à dengue, etc.) para geração de emprego, para emergência climática, políticas contra violência de gênero, aborto legal, seguro e gratuito, o desmantelamento do aparelho repressivo e das chacinas policiais; a estatização dos sistemas de transporte municipais, além da reestatização das empresas privatizadas em cada município. Para aplicar essas medidas necessitamos de um governo da classe trabalhadora, sem patrões, que se enfrente com os capitalistas, que rompa com as multinacionais e a exploração imperialista e construa um Brasil socialista.

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