Educação e Juventude

Por Carol Tine – Presidenta do Grêmio GTA e Isadora Bueno – Juventude Vamos à Luta

Não às escolas cívico-militares
Lutar para derrotar o projeto de Tarcísio/Feder para a educação

No dia 21/05, a Assembleia Legislativa de SP aprovou a implementação de escolas cívico-militares com brutal repressão aos estudantes que se manifestaram contrariamente. Sete estudantes foram detidos, inúmeros agredidos e retirados à força da Alesp. A maneira com que foi implementado o projeto de Tarcísio/Feder expressa a violência de seu governo e do sistema capitalista, que oprime a juventude, expondo que para a burguesia implementar seus planos, a violência do Estado está à disposição para servi-los.

Tarcísio/Feder são inimigos dos estudantes paulistas

Como colocamos na última edição do Combate Socialista, o governo de SP ataca reiteradamente contra a educação, com um projeto global que visa que a escola seja para poucos e sirva ao lucro, expulsando os jovens trabalhadores. A implementação das escolas cívico-militares é mais um ataque que vai nesse sentido, já que selecionam os estudantes por maior nível socioeconômico e recebem muito mais recursos do que as escolas regulares.

Além disso, é a consolidação do seu pacote ideológico reacionário na educação, que tem como objetivo fortalecer as Forças Armadas e, como diz o próprio governador, criar “novos Bolsonaros”. Eles querem impor na porrada a educação que não queremos: autoritária, conservadora e anticientífica. Mas não vamos aceitar! A disposição dos estudantes que lutaram na Alesp mostra o caminho: é preciso garantir uma jornada de lutas unificada contra Tarcísio e seu projeto. Para isso, exigimos que a UBES e a UMES convoquem um calendário de luta imediatamente, para colocar os estudantes nas ruas e destruir os planos nefastos desse governo!

Lutar contra a polícia que reprime os estudantes

Só no último mês, tivemos três casos com imagens de violência contra estudantes que lutavam contra as políticas de Tarcísio: na E.E. Solimeo, Alesp e USP. Todos eles com vídeos que comprovam a arbitrariedade da Polícia Militar. Nós prestamos solidariedade aos agredidos e detidos, e exigimos que todos os repressores e a cúpula da PM sejam punidos, além de exoneração do secretário de segurança e do presidente da Alesp, que foi cúmplice da repressão. Para isso, a UMES precisa chamar um ato contra as repressões e para assegurar que nenhum estudante detido seja processado e que todos os violentados sejam indenizados.

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Secundaristas de Uberlândia rumo ao CONUBES

Por Jeane Carla- Juventude Vamos à Luta

A juventude Vamos à Luta está mobilizando os secundaristas a ir ao CONUBES, que vai ocorrer entre 14 a 16 de junho. Realizamos passagens em sala, rodas de conversas e panfletagens nas escolas que temos inserções. O nosso objetivo era agrupar jovens lutadores(as) que entendem a necessidade de batalhar por uma UBES independentes dos governos e das direções das escolas, além garantirmos no congresso um plano de lutas para revogarmos o Novo Ensino Médio (NEM).

Por uma UBES independente dos governos e combativa!

As atividades nas escolas foram produtivas, pois conseguimos dialogar com jovens indignados. Nas atividades, foi refletido que só com a mobilização e organização da juventude podemos mudar esse cenário. Realizamos uma plenária da juventude secundarista Vamos à Luta, na qual discutimos a nossa pré-tese que levaremos ao congresso, “UBES combativa e independente”. Nela, conversamos sobre o cenário de precarização da educação básica: evasão escolar na maior taxa de 5,9% com o Novo Ensino Médio (NEM), precarização do ambiente escolar, falta de equipamento e acessibilidade assistida a todos os estudantes com deficiência, baixos salários para trabalhadores da educação.

Nesse sentido, apresentamos que a saída para derrotar o Novo Ensino Médio e o projeto de precarização das escolas pública é a mobilização dos estudantes cotidianamente nas escolas e fora delas. No congresso, vamos batalhar pela revogação do NEM, por uma nova direção combativa e independente dos governos, assim como pela permanência da juventude filha da classe trabalhadora na educação pública. Chamamos todes estudantes que possuem acordo que o caminho da vitória é a mobilização com independência dos governos a virem dar essa batalha conosco no CONUBES.

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S.O.S Liceu – Queremos ser ouvidos

Enquanto a UBES se nega a organizar a luta estudantil contra o sucateamento da educação e contra o NEM, às vésperas do CONUBES os estudantes do Liceu Nilo Peçanha em Niterói-RJ deram aula de luta na rua.

No dia 28/05, indignados com a situação precária de sua escola pararam parcialmente a principal rua da Cidade, a Av. Amaral Peixoto. “S.O.S Liceu – Queremos ser ouvidos” é o que se lia no panfleto entregue pelos alunos à população que passava pelo local.

Com auxílio de um carro de som, fecharam uma faixa em frente à escola e quando o sinal fechava iam para a faixa de pedestres com cartazes que mostravam o cenário em que se encontram. Os estudantes relatam diversos problemas na escola, como rachaduras e falta de elevadores. Exigiam água gelada, manutenção da fiação elétrica, merenda e ar condicionado. O ato denunciou o descaso do Governador Cláudio Castro. Um corte de R$ 180 mil reais impede a manutenção da escola. Nós, da Juventude Vamos à Luta, apoiamos essa luta! Convidamos todes com quem conversamos na entrada da escola e na manifestação a se somar a nossa juventude revolucionária.

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