G20: enfrentar os governos capitalistas nas ruas

Bárbara Sinedino e Adriano Dias – Coordenação Nacional da CST

O governo Lula recebe a reunião da cúpula do G20 em novembro, no Rio de Janeiro. Esse é um encontro anual dos países imperialistas e das semicolônias, para definir como explorar os trabalhadores. Olhando a página oficial do evento, até parece que será um encontro em defesa do planeta e do meio ambiente, mas sabemos que não é assim. Até porque muitos dos países do G20 são os principais responsáveis pela crise ambiental que passa o mundo e os que mais emitem CO2, entre eles os EUA e a Alemanha. Outros países do G20, como EUA, apoiam o Estado nazi-sionista de Israel através do fornecimento de armas e dinheiro, sendo cúmplices do genocídio palestino.

A Cúpula dos Povos independente

No período em que acontecerá o G20, movimentos sociais, centrais sindicais e partidos organizarão a Cúpula dos Povos, uma atividade de contraponto à cúpula imperialista. Partimos do acordo que essa cúpula tem que ter o caráter de enfrentamento contra os governos capitalistas responsáveis pela crise mundial e destruição do meio ambiente. Nesse sentido, é importante destacar o debate que ocorreu na reunião de preparação da Cúpula, sobre a atividade se contrapor ou não ao governo Lula, o anfitrião da reunião do G20.

MST, PT, MTST e PCdoB afirmam que a Cúpula não é contra o governo Lula e sim contra os países do G20. O Brasil de Lula não só é do G20 como é quem vai receber os países imperialistas. Essa conotação pró-governo acaba contrariando a definição da Cúpula de enfrentamento, assim como transforma o evento em chapa branca. Isso seria um grande erro. Defendemos uma cúpula independente do governo Lula e de todos os governos, que enfrente de verdade os governos capitalistas e imperialistas responsáveis pela crise econômica e ambiental.

Preparar a mobilização contra o G20

Dentro da programação da Cúpula dos Povos, vai acontecer um ato no dia 18/11. A preparação deve ser feita desde já e as centrais sindicais como a CUT e CTB, o movimento estudantil, via UNE e UBES, e movimentos sociais como MST e MTST devem convocar de verdade esse ato, começando pelos atos em solidariedade ao povo palestino e pela manifestação do dia 03/07, durante a reunião dos chanceleres do G20, que ocorrerá no RJ. O caráter de enfrentamento tem que reverberar na preparação da Cúpula dos Povos, colocando essa ação nos atos e greves, como na greve da educação federal. O segundo semestre será atravessado pela campanha eleitoral e é papel das candidaturas de esquerda e socialistas utilizarem suas campanhas a serviço de preparar e convocar uma gigantesca mobilização para o dia 18/11.

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