Verbas para o povo gaúcho! Emergência climática e ambiental já! | Combate Socialista No.184

Medidas urgentes para a classe trabalhadora!

A situação do povo trabalhador gaúcho é dramática. Estamos diante da maior catástrofe climática e socioambiental do país. E isso se soma às secas na Amazônia ou ondas de calor no Sudeste. São reflexos do processo mundial de destruição ambiental capitalista. Os responsáveis são os governos patronais, empresários, agronegócio e as multinacionais. No caso do RS é o governador Eduardo Leite, que faz privatizações e flexibiliza leis ambientais. É o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, apoiador de Bolsonaro. O mesmo bolsonarismo que estrutura uma campanha de “fake news” sobre a catástrofe do RS. São negacionistas climáticos, que, para defender os lucros do agronegócio e das empresas, usam a ladainha de que “não há aquecimento global. Mas também é responsável o governo Lula/Alckmin, que destina apenas 0,03% do orçamento para a Gestão de Riscos e Desastres.

A CST é parte da solidariedade de classe

Neste momento ocorrem ações de solidariedade aos desabrigados e aos que passam fome. Nossos camaradas gaúchos são parte dessa solidariedade ativa. Em nível nacional fazemos o mesmo junto com a CSP-CONLUTAS. A CST defende medidas emergenciais: Auxílio Emergencial de um salário mínimo por pessoa; Paralisação dos serviços não essenciais; Estabilidade no emprego até o final de 2024; Desapropriação de imóveis em áreas seguras para ampliar o atendimento aos desabrigados; Pela Reestatização da CEEE e da CORSAN, sob controle dos trabalhadores; Fortalecimento do IBAMA; Não pagamento da dívida, destinando recursos à assistência aos atingidos. Reverter medidas como o Marco Temporal. Reivindicamos emergência climática e garantia dos recursos para um plano de obras públicas. Defendemos que CUT, CTB, UNE, UBES e MTST realizem uma plenária nacional de organização das lutas populares para construir uma jornada de lutas em solidariedade ao Rio Grande do Sul.

Cancelamento da dívida do RS

Defendemos o cancelamento integral da dívida do RS com a união e reverter esses recursos para o povo trabalhador afetado: alimentos, moradia, auxílio, roupas, remédios, etc. Essa dívida é ilegítima e prejudica muito o povo trabalhador gaúcho. Infelizmente, o PT e a maioria dos deputados do PSOL votaram contra essa política, prejudicando a reconstrução do estado e abrindo espaço para o discurso demagógico da extrema direita.

Uma saída operária e popular

O sistema capitalista e seus governos não oferecem saída. Somente as lutas operárias, indígenas e populares podem botar um freio nessa catástrofe, modificando políticas energéticas e ambientais. A CST, seção da UIT-QI no Brasil, defende expropriar as multinacionais do agronegócio e poluidoras, estatizar os bancos e o sistema financeiro, para garantir verbas para a emergência climática. Lutamos por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, e um Brasil Socialista. Para construir um plano racional que impeça que novas catástrofes destruam cidades e vidas do povo trabalhador. Para garantir a vida dos nossos biomas e dos povos da floresta. Some-se a essa batalha. Venha para a CST. Participe das reuniões, divulgue e ajude a financiar nosso jornal.

Apoiar a greve da educação federal

Enquanto nos solidarizamos com o povo trabalhador gaúcho, não abandonamos a greve nacional da educação federal. O governo capitalista Lula/Alckmin faz de tudo para pôr fim à greve e impor o congelamento salarial em 2024. Tentam dividir a categoria e desmobilizar a greve. O discurso de Lula de “valorizar a educação” cai por terra quando a educação federal está em greve reivindicando reposição salarial e orçamentária. Os dirigentes majoritários do FONASEFE (PT, PCdoB, PSOL) boicotam a unidade ou semeiam a desmoralização afirmando que “não há margem de negociação”. Mas isso não é verdade. A greve unificada arrancou propostas, melhorias de índices, que não existiriam sem a greve. Dinheiro tem. Basta cortar uma pequena fatia dos banqueiros, do agronegócio ou dos militares. Mas Lula se nega a negociar o reajuste de 2024 ou revogar as medidas bolsonaristas. Tudo para mostrar ao sistema financeiro que são fiéis ao Arcabouço Fiscal e não desagradar setores reacionários. Realizam um governo com e para a burguesia, com pactos com setores como Múcio e Fufuca, e por isso tomam essa atitude. Esse governo não é nosso, ele é capitalista. E as direções que o apoiam não estão do nosso lado.

Lutar de forma independente

Podemos seguir debatendo o caráter do governo Lula. Sabemos que muitos colegas não concordam integralmente com nossas definições. Mas, enquanto debatemos isso, propomos lutar juntos de forma independente pelas nossas pautas. Governo é governo, sindicato é sindicato. É preciso lutar nos comandos locais e no comando nacional de greve pelas nossas reivindicações e decidir tudo nas assembleias de base. Mas, para isso, precisamos nos organizar. Convidamos você a se somar às reuniões da Combate Sindical e da juventude revolucionária Vamos à Luta. Exigimos da CUT e CTB que apoiem e ampliem a greve, convocando atos nacionais em solidariedade aos grevistas e pelas pautas da classe trabalhadora.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *