Marchar em massa ao Senado contra a Lei Bases
Escreve Mariana Scayola, secretária-geral da Ademys
Nos próximos dias, o Senado discutirá o Projeto de Lei Bases, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Há negociações incessantes de todos os setores políticos patronais, com o governo Milei apostando na aprovação da Lei, embora assumindo que ela certamente retornará à Câmara dos Deputados com alguns artigos modificados.
Diferentemente de quando foi votada na Câmara dos Deputados, nas últimas semanas a classe trabalhadora e os setores populares ficaram mais conscientes do conteúdo da desastrosa Lei e de seus artigos, como o Regime de Incentivos aos Grandes Investidores (RIGI). Deixou-se de “intuir” que se trata de uma lei antipopular, entreguista e de ajuste, para confirmá-lo. Isso teve impacto também na adesão massiva à Greve Nacional da CGT e da CTA.
É por isso que é necessária a mobilização de milhares de pessoas rumo ao Congresso, dando continuidade à greve nacional, para exigir que a Lei seja rejeitada globalmente, ao contrário do que propõem setores do radicalismo e do peronismo, que defendem que apenas alguns artigos sejam alterados. Além disso, devemos lutar para anular o DNU, que ainda está em vigor, na Câmara dos Deputados.
É fundamental que a CGT e a CTA convoquem uma marcha rumo ao Congresso – como já foi anunciado por Yasky, Moyano e Palazzo, entre outros – e que tal convocação seja acompanhada por uma paralisação, para facilitar a participação das massas. Alguns sindicatos – como Ademys, Aeroviários, internos da ATE, entre outros – já estão fazendo isso.
A Izquierda Socialista – junto com o sindicalismo combativo, a Frente de Izquierda Unidad e a coordenação dos setores em luta – defende mais uma vez a mobilização rumo ao Congresso no dia da discussão da Lei. Que os sindicatos ligados à CGT e à CTA convoquem mobilizações de massas, para derrotar a Lei Bases.