Defendemos a unidade de ação contra a extrema direita
(Este texto é a terceira parte do artigo Como combater a extrema direita?, Você pode ler a parte 2 aqui)
3 – Defendemos a unidade de ação contra a extrema direita
A CST compõe atos e protestos unitários, sem sectarismo, contra a extrema direita. Estamos juntos na ampla unidade de ação nas ruas contra Bolsonaro, o bolsonarismo e a extrema direita. E para isso nos mobilizamos conjuntamente, sem nenhum problema.
Nesse combate, nós, da CST, apresentamos a seguinte proposta: exigimos que CUT, CTB, UNE, UBES, MTST, MST, sindicatos e movimentos sociais convoquem uma nova jornada de protestos pela prisão de Bolsonaro e todos os golpistas, perda de mandatos e cargos e confisco de seus bens, expropriação das empresas que financiaram o 8J, punição à cúpula militar e das polícias, demissão dos reitores e demais chefes bolsonaristas dos órgãos federais e estatais. Fim do GSI, PRF e PM.
Entendemos que é necessário lutar pela revogação das reformas trabalhistas, previdenciárias, privatização da Eletrobras, do NEM e reitores biônicos. E nessa luta precisamos incluir as pautas da classe trabalhadora e setores populares, negras e negros, indígenas, feministas, LGBTQIA+, anticapacitistas, socioambientais, contra a catástrofe climática capitalista. E dar todo apoio à greve da educação federal e outras lutas, como do IBAMA ou da educação estadual. E exigimos essas pautas do governo Lula/Alckmin.
Defendemos que CUT, CTB, UNE e UBES fortaleçam os comitês em defesa da Palestina e convoquem mobilizações contra o genocídio em Gaza. E exijam do governo Lula/Alckmin a ruptura de relações econômicas, comerciais, militares, diplomáticas e culturais com o enclave colonial de Israel. Além de expulsar o embaixador golpista de Israel que aqui compactua com os golpistas de 8J.
3.1- Defendemos o exemplo da Argentina
A experiência da Argentina demonstra o verdadeiro caminho para lutar contra a extrema direita: a ação direta nas ruas com os métodos históricos da classe trabalhadora. Atos de rua no dia 20 de dezembro, a greve geral em janeiro, atos fortes nos dias 8M e 24M, a poderosa marcha educativa e o dia 9 como nova greve geral. Nossos camaradas da Esquerda Socialista, seção na Argentina da UIT-QI (Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional), integrantes da FIT-U e do sindicalismo combativo, são parte ativa dessas batalhas, desde as eleições contra Milei e se mobilizaram nas ruas desde os primeiros minutos após sua posse. É isso que devemos fazer aqui. Fortalecer um sindicalismo combativo, que está em luta por uma nova paralisação nacional de 36h e protestos quando sejam votadas leis do plano motosserra de Milei. Fortalecer uma esquerda socialista como é a FIT-U na Argentina.
Na visão da CST, ao lado da luta unificada pelas pautas da classe trabalhadora e contra a extrema direita, devemos batalhar pela unidade da esquerda que não se encontra na frente ampla. Fortalecer uma esquerda independente. Por outro lado, em outro patamar, é necessário a unidade de revolucionários e revolucionárias posto que nenhuma das organizações atualmente existentes consegue por si só ser um polo de atração. A batalha estratégica para construir uma alternativa política operária, internacionalista e classista é uma necessidade para a revolução socialista brasileira e latino-americana.