Por uma greve estudantil mobilizada, combativa e unificada
Por Douglas e Hunter, Vamos a luta UFF.
No início de março, foi deliberada nacionalmente pela FASUBRA a greve nacional dos TAEs, por reajuste salarial, com mais de 60 universidades em greve. Segundo o SINASEFE, mais de 360 unidades de ensino em pelo menos 23 estados aprovaram a adesão à greve da categoria iniciada em 03 de abril. Pelo ANDES, sindicato nacional dos professores, foi indicado greve para o dia 15 de abril. Agora é a hora do movimento estudantil mostrar sua força.
A política de precarização da universidade pública expulsa os estudantes mais pobres das universidades. Não há bolsas suficientes, faltam recursos estruturais nas federais, não há nenhuma garantia de acesso aos espaços da universidade e à educação inclusiva para alunes PCDs. Não há verbas para bandejões que garantam alimentação digna a quem precisa.
A UJS/PCdoB, direção majoritária da UNE, é governista e não ajuda a unificar. Na assembleia do DCE da UFF, a UJS (juventude do PCdoB) tentou, sem sucesso, semear a discórdia contra a greve dos TAEs, culpando os servidores em greve e o DCE pela “falta de comida”. Nós dizemos que o responsável pela falta de verba e pela greve é o governo Lula/Alckmin que não recompôs o orçamento das universidades e aplica uma política econômica de austeridade, com o teto de gastos imposto pelo “Arcabouço Fiscal”.
Construir uma pauta estudantil de reivindicações
Um passo central de toda e qualquer greve é definir pelo que estamos lutando. E isso será feito também com muitas assembleias locais para construir uma legítima pauta geral de reivindicação estudantil, como nossas exigências. Ao lado da assistência estudantil, o aumento das bolsas e reajuste de seu valor, temas de infraestrutura como elevadores que não funcionam e iluminação, defender as estudantes que são mães da moradia e exigir creche no campus, a defesa das pautas LGBTQIA+, e também a revogação do Novo Ensino Médio, assim como exigência à UBES para um calendário de lutas para a derrubada desse nefasto projeto para a educação, dentre outras.
Fazer a luta que a majoritária da UNE não faz
Nós exigimos da UNE que seja convocado um CONEG emergencial, para instalar um comando nacional de mobilização e greve estudantil, e para estreitar ações com os setores já em greve. Mas, caso a direção majoritária da UNE não convoque esse fórum, nós defendemos que os DCEs em greve instalem um comando nacional de greve e mobilização estudantil, agrupando comando de greves estudantis, CAs, DAs, Executivas e Federações de Curso que estão em greve. É essa a proposta que levamos para cada assembleia de DCE que participamos nacionalmente. Se a majoritária não faz, nós faremos!