Lula e Camilo, retirem a ação judicial que proíbe a greve nos hospitais universitários!
A greve dos (as) Técnico-Administrativos (as) da base da Fasubra está na sua terceira semana e com uma forte adesão da categoria. Nossa justa greve tem impactado também os Hospitais Universitários (HUs) e por isso a direção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) entrou na justiça e ganhou decisão para que o HU da UFPR funcione 100%. No HU da UFSC a decisão judicial obriga o funcionamento de 80% do quadro. Essas decisões judiciais são uma afronta e ferem nosso direito de greve.
Devemos questionar política e judicialmente a decisão monocrática desses juízes, mas também cobrar do presidente Lula e do ministro da Educação, Camilo Santana, que são os responsáveis pela Ebserh, em última instância.
É absurdo que um governo de ex-sindicalista e ex-grevista permita a utilização da justiça burguesa para tentar desmontar a greve nos HUs. Exigimos do governo Lula que ordene já à direção da Ebserh a retirada destas ações e o respeito ao direito de greve dos trabalhadores dos HUs. O ministro Camilo Santana como responsável direto pela Ebserh tem que ordenar a retirada da ação.
É importante que o Comando Nacional de Greve e a Direção Nacional da Fasubra encaminhem documento ao governo exigindo a retirada da ação e que exponham publicamente o pedido, para que todas as bases tomem conhecimento.
Nossa greve está forte e atinge 62 universidades e 4 IFs já na sua terceira semana. Nos HUs há também forte adesão e muito questionamento à Ebserh. A pauta pela revogação da lei da Ebserh incomodou o governo, sindicalistas pelegos e todos aqueles que abandonaram a luta contra as políticas privatizantes da educação e saúde públicas.
O governo devia ter a coragem de admitir que seu projeto (Ebserh) que foi alardeado como a salvação dos HUs, na verdade está destruindo estas instituições como foram construídas historicamente. Sua função de hospital escola está desaparecendo. A precarização do trabalho e o assédio moral são imensas.
Agora mais que nunca devemos ampliar a greve e exigir a revogação da lei da Ebserh ao governo e uma ação coordenada dos reitores via Andifes pela ruptura dos contratos com essa empresa, para que as comunidades universitárias voltem a controlar a gestão dos HUs.
Devemos denunciar em todos os espaços os problemas trazidos com a Ebserh e tirar a máscara do governo Lula que a toda hora diz investir na educação e ser bom de diálogo, mas na prática faz o inverso. Essa política de corte de verbas, desvalorização dos servidores, privatização dos HUs e judicialização da greve tem que acabar já.
Por fim, defendemos a extinção da lei da Ebserh e a volta dos concursos com cargos RJU para os HUs, mas queremos a manutenção dos postos de trabalho dos atuais empregados da Ebserh, que são concursados e merecem continuar com seus empregos. Avaliamos que o melhor seria que os colegas da Ebserh fossem incorporados ao RJU mantendo seu salario e direitos atuais, mas concordamos que a decisão sobre o regime de contrato de trabalho deve ser de tomada pelos próprios trabalhadores da Ebserh e fazemos um chamado a esses de que não acreditem nas mentiras propagada por sindicalistas pelegos sobre nossa greve.
Toda solidariedade aos grevistas dos hus da UFPR e UFSC.