Venezuela: Encontro Popular Alternativo exige seu direito de participar nas eleições de julho

Por Imprensa do PSL (Partido Socialismo e Liberdade)

10/03/2024. No dia 8 de março, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, as organizações políticas de esquerda que integram o Encontro Popular Alternativo (EPA) manifestaram-se sobre a convocatória das eleições para 28 de julho desse ano, divulgada há alguns dias ​​pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Tal aliança eleitoral é composta pelo Partido Comunista da Venezuela, pelo Movimento Popular Alternativo (MPA), por Marea Socialista, pelo PPT/APR e pelo Partido Socialismo e Liberdade.

A coletiva de imprensa foi iniciada por Miguel Angel Hernández, do Partido Socialismo e Liberdade. Depois fizeram uso da palavra Jackeline López, do Partido Comunista da Venezuela, e Gustavo Martínez, de Marea Socialista.

 

Hernández começou afirmando que “o governo mandou um recado a todas as organizações políticas do país, especialmente às de esquerda”. E, em nome das organizações políticas que compõem o Encontro Popular Alternativo, denunciou o processo eleitoral aberto como fraudulento, “porque as condições para a livre participação são limitadas”. Acrescentou que há intervenções nos partidos por parte do TSJ, como foi no caso do PCV, ou através do CNE, como ocorreu no caso do MPA, do PPT/APR, de Marea Socialista e do PSL. Denunciou que os candidatos estão sendo inabilitados pela Controladoria-Geral da República e que os trabalhadores estão sendo presos por defenderem os seus direitos ou denunciarem a corrupção, bem como os dirigentes políticos por se oporem ao governo.

Em nome do Encontro Popular Alternativo, exigiu que fosse respeitado o direito democrático de participar nas eleições. “Tomamos os cuidados necessários. Vamos cumprir todos os requisitos legais para apresentar uma candidatura alternativa a tal governo, que aplica um ajuste capitalista brutal, e aos partidos da oposição burguesa e pró-imperialista, que patrocinaram golpes de estado e as sanções imperialistas.”

Jackeline López, do Partido Comunista da Venezuela, convidou todas as mulheres que não estão com a direita pró-imperialista e com o governo a aderirem ao Encontro Popular Alternativo. Afirmou que o EPA vai apresentar ao país um programa com 10 eixos fundamentais. López dirigiu-se essencialmente às mulheres no Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, se manifestando contra a violência no local de trabalho. Ela defendeu “a proposta de resgatar a renda, os salários e as pensões da classe trabalhadora venezuelana”. E condenou a aliança do governo com empresários e transnacionais.

Gustavo Martínez, de Marea Socialista, também reafirmou a incorporação da organização na aliança eleitoral. E disse que as organizações que compõem o Encontro Popular Alternativo têm lutado por um salário igual ao da cesta básica, conforme estabelece o artigo 91 da Constituição, pela liberdade dos/as trabalhadores/as presos/as, contra a corrupção, em defesa dos serviços públicos e dos diferentes direitos do povo. Afirmou que nem o governo nem os empresários querem uma opção eleitoral de esquerda. Mencionou também alguns elementos do programa acordado entre as organizações do Encontro, como os temas direitos trabalhistas, corrupção, serviços públicos e liberdades democráticas.

A coletiva de imprensa completa pode ser vista em:

 

Miguel Ángel Hernández do PSL

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