Repudiamos as retaliações de Netanyahu! Que o governo Lula rompa relações diplomáticas, militares e econômicas com Israel!
Neste domingo, 18/02, o primeiro-ministro do Estado nazi-sionista de Israel, o sanguinário Netanyahu, informou que vai convocar o embaixador brasileiro no enclave israelense para “prestar esclarecimentos”. Trata-se de uma tentativa de repreender as declarações do presidente Lula, realizadas na Etiópia. Lula condenou o genocídio contra o povo palestino e comparou tal extermínio com o Holocausto nazista realizado por Hitler. Nós da CST concordamos que é isso o que ocorre na Palestina. O sionismo significa um holocausto colonial e racista contra os palestinos. Um Holocausto financiando pelo imperialismo estadunidense.
Os sionistas atacam todos os que apoiam os palestinos
A recente declaração de Lula em solo dos nossos irmãos etíopes se somou a outros discursos do presidente a favor dos palestinos perante a Liga Árabe, além de sua adesão à ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça, que denuncia o apartheid contra a Palestina pelo sionismo. É por isso que os nazi-sionistas gritam contra Lula e realizam ações contra o representante do Itamaraty na ocupação colonial Israelense. A mesma atitude é seguida pelos sionistas aqui no Brasil (muitos deles golpistas da extrema direita).
Os absurdos ataques aos discursos de Lula são semelhantes aos que as defensoras e defensores da causa palestina sofrem sempre quando se manifestam contra o apartheid genocida de Israel. Até mesmo os judeus antissionistas são atacados quando criticam Israel.
As ações de Israel contra o Brasil em meio à mobilização mundial
O que Netanyahu faz é uma agressão contra o governo e o Estado brasileiro por seu posicionamento em favor do povo palestino. Eles estão preocupados, pois tais palavras ajudam a enfraquecer a hipócrita alegação de “direito de defesa” de Israel. O recente massacre ao Hospital Nasser e o plano de invasão em Rafah estão provocando comoção mundial contra o terrorismo de Israel.
Neste final de semana, acaba de ocorrer um forte dia global de solidariedade ao povo palestino, com manifestaçoes nos EUA, Canadá, Brasil, Argentina, na Europa e Oriente Médio. Essa mobilizaçao se une a impressionante valentia com a qual o povo palestino suporta as piores privações perante um dos exércitos melhor equipados do mundo. Um povo heróico que resiste há 76 anos e enfrenta uma nova Nakba. Ao mesmo tempo, as forças da resistência militar palestina, apesar da desvantagem bélica, seguem enfrentando como podem o exército invasor colonial.
É hora do governo Brasileiro e romper relações com Israel
O momento exige que Lula passe dos discursos corretos às ações práticas. Netanyahu realiza retaliação diplomática. O embaixador de Israel no Brasil já até se reuniu com Bolsonaro e outros golpistas do 8 de janeiro, conforme noticiou amplamente a imprensa no final do ano passado. Os acordos militares das PMs com os sionistas significam chacinas policiais na baixada santista, na Maré e em outras comunidades.
Para deter o que Lula qualifica de holocausto é necessário transformar as condenações morais em medidas concretas no campo diplomático, econômico, militar e político. É muito importante manter a ajuda humanitária e ao lado dela realizar outras ações. O presidente Lula é um dos políticos mais influentes de nosso continente e seu governo ocupa funções centrais na ONU e BRICS. Uma ação concreta sua teria uma repercussão mundial e real, já que ajudaria a isolar Israel. Considerando este cenário, exigimos resposta à convocação do embaixador brasileiro na forma de
1– ruptura de todas as relações diplomáticas, econômicas, comerciais, militares e culturais entre Brasil e Estado de Israel;
2– expulsão imediata do embaixador israelense que se reuniu com Bolsonaro e com a extrema direita;
3– adesão oficial do governo Lula às medidas do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções, campanha propostas pelas organizações palestinas);
4– que o governo Lula convoque mobilizações de rua mundial para o dia 26 de fevereiro, data que acaba o prazo de 30 dias concedido pela Corte Internacional de Justiça para que Israel cumprisse as obrigações estabelecidas pelo Tribunal;
Propomos que a CUT, CTB, UNE e MTST convoquem uma mobilização nacional
Até agora Lula não decidiu romper com Israel. Nós temos, portanto, de ir às ruas para exigir que ele o faça. A hora é agora. A CST propõe que a CUT, CTB, UNE, UBES, MST, MTST convoquem uma mobilização nacional pelo cessar fogo imediato e contra o genocidio, exigindo que o governo brasileiro rompa relações diplomáticas, econômicas e militares com Israel. Com o peso das centrais sindicais, sindicatos, movimentos estudantis e populares poderíamos realizar um forte dia de luta, com panfletagem e assembleias nas entradas de fábricas, refinarias, bancos, locais de estudo, atraso de turno e fortes passeatas ao final do dia em todas as capitais.