Reintegração já dos metroviários demitidos por lutar contra a privatização!

Por Diego Vitello, Coordenação da CST

Como uma tentativa de intimidar a todos que lutam contra as privatizações, Tarcísio mandou covardemente demitir oito metroviárias e metroviários que protestaram contra punições recebidas após a greve. Para isso, contou com a colaboração da alta chefia do Metrô.

Corretamente, a categoria metroviária demonstrou, mais uma vez, sua solidariedade na luta e votou um aumento da contribuição sindical para ajudar financeiramente os demitidos pelo próximo período. Com a força da nossa luta, organizando novas greves e mobilizações, conseguiremos a reintegração das companheiras e companheiros. Ninguém fica pra trás!

SEGUIR O EXEMPLO!

Greve da GM arranca cancelamento das demissões

Adriano Dias, Coordenação da CST

Os trabalhadores da GM de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, que foram demitidos arbitrariamente, conseguiram uma vitória importante com o cancelamento das 1214 demissões depois de uma decisão liminar do TRT e TST. Essa vitória é resultado da forte greve de 17 dias que conseguiu paralisar 100% da produção de veículos nas fábricas, demarcando um movimento histórico na categoria.

Os/as trabalhadores/as, mesmo com a decisão judicial, aguardaram até o cumprimento da liminar por parte da GM para suspender a greve e retornar ao trabalho. O movimento paredista, além de conquistar o cancelamento das demissões, ainda garantiu o não desconto dos dias parados.

A GM é parte das grandes multinacionais que lucram bilhões explorando os trabalhadores/as. A empresa alegou queda em suas vendas para justificar as demissões, mas registrou aumento de 18,18% nas vendas brasileiras entre abril e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, obteve lucro líquido de 2,57 bilhões de dólares (R$ 12,94 bilhões) no segundo trimestre deste ano, um aumento de 51,6% na comparação anual. Ou seja, a verdadeira justificativa está na ganância dessas empresas que, além de lucrarem muito, ainda ganham isenções do governo.

A vitória da GM Fortalece a luta em São Paulo

Essa importante vitória vai fortalecer o cenário de lutas em São Paulo. Dia 28 de novembro está marcada a greve unificada contra as privatizações do governador Tarcísio. Não temos dúvida que essa grande vitória na GM vai ajudar para que o 28/11 seja mais um dia de greve e luta no estado de São Paulo.

A conclusão que fica desse processo da GM é que unificados os/as trabalhadores/as podem derrotar os governos e a patronal. Agora é acompanhar mobilizados para que a empresa não ataque novamente demitindo e descumprindo os acordos firmados com a categoria.

 

UNIFICAR! É ESTUDANTE JUNTO COM TRABALHADOR

A juventude em unidade com a classe trabalhadora, rumo ao 28/11

Por Guilherme Bueno, Coordenação da juventude vamos à luta

Em nosso jornal defendemos a unidade entre o movimento estudantil e a classe trabalhadora. Por óbvio, as privatizações do Metrô, Sabesp e CPTM nos afetam por serem serviços essenciais, seja para nos locomovermos para nosso local de estudo/trabalho ou para a nossa saúde, quando pensamos no tratamento da nossa água. Mas, para além disso, achamos importante mostrar esse impacto como projeto, que ataca não só os trabalhadores, mas também a juventude.

O motivo é a tentativa de jogar a crise econômica nas nossas costas, seja entregando serviços estatais lucrativos e essenciais para a população para o setor privado ou estrangulando o orçamento de áreas sociais para seguir destinando nosso orçamento para a dívida pública e beneficiando uma classe minoritária que lucra com esses ataques. Por isso, cada concessão, por menor que seja, só é entregue após muita luta, que deve ser conjunta, já que o projeto que ataca as escolas e universidades é o mesmo que ataca os trabalhadores.

Construir o dia 28 com unidade do estudante com o trabalhador 

 Aqui em São Paulo, estivemos lutando contra esse projeto, com suas especificidades em cada categoria ou universidade, seja na greve unificada do dia 3 ou nas greves estudantis da USP e UNICAMP. Na mesma medida em que nos movimentamos, o governo responde na intenção de intimidar e desmobilizar nossa luta, como fez na demissão dos metroviários que se organizavam contra a privatização, além de não recuar com o projeto de privatização da Sabesp.

Por esse motivo, no dia 28 de novembro haverá uma greve estadual em São Paulo. Achamos que é fundamental que o movimento estudantil na USP, UNICAMP e escolas paralisem em solidariedade aos metroviários demitidos, por mais verba para educação, pela revogação do novo ensino médio e contra o Tarcísio, que é a expressão desse projeto no estado de São Paulo.

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