Chega de violações ao povo negro! Uma outra segurança pública é necessária!
Bruno da Rosa, Coordenação da CST
Rômulo A. Lourenço, Combate Educação MG
O RJ passa por uma crise profunda, econômica, social e política. O estado se tornou um laboratório da aplicação de ajustes fiscais e da violência policial nas favelas contra a classe trabalhadora e a juventude. Nos últimos anos, quatro ex-governadores, de diferentes partidos, foram presos envolvidos em escândalos de corrupção, demonstrando a falácia dos discursos anticrime dos governos.
O governador bolsonarista Cláudio Castro (PL), com apoio do Ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), colocou a Força Nacional do governo Lula no RJ. Com o falso discurso de combate ao tráfico de drogas nas periferias, o projeto mantém a mesma lógica de violação de direitos básicos dos trabalhadores e da juventude pobre.
O que temos acompanhado no RJ, como no Complexo da Maré, é fruto dessa política contra os mais pobres. O aumento das operações nas favelas e periferias fortalece o uso da violência do estado pelas forças de segurança. Assim, criminaliza e reforça o imaginário de que os pobres e negros são culpados pela violência urbana, que em muitos casos têm suas vidas encerradas pela polícia.
O Governo Lula/Alckmin vai destinar 900 milhões, até 2026, para o Programa Emergencial para Combate às Organizações Criminosas. Para a Bahia, 20 milhões vão para a compra de armamento e fortalecimento do aparato policial no geral, milhões de reais a serviço de uma política falida que aprofunda a violência e assassina o povo pobre com a mentira do combate ao crime organizado.
Diante das chacinas e violências policiais contra o povo negro e a juventude, é urgente que as organizações dos movimentos de negras e negros, de periferias, sindicais, estudantis, feministas e demais movimentos sociais construam uma plenária nacional para organizar a luta e mobilização contra a violência policial, a discriminação étnico-racial, encarceramento em massa e a matança do povo negro que ocorre no país. É necessária a implementação de uma outra política de segurança pública no Brasil, elaborada pela organizações da nossa classe, que seja voltada de fato para assegurar a saúde e vida da classe trabalhadora e que rompa com a política de morte atual.
Precisamos garantir nossas vidas e nossos direitos nas ruas! Derrotar o genocídio do povo negro e da juventude pobre! Exigimos investimentos para geração de emprego, salário e direitos sociais. Pela revogação da Lei de Drogas de Lula. Pela legalização e regulamentação das drogas.