UNICAMP: Unificar as lutas contra Tarcísio e encurralar Tom Zé
Manoel e Mateus, CST Campinas
No último 17/10, realizamos uma plenária na UNICAMP sobre a greve estudantil e a necessidade de unificá-la com as lutas estaduais em curso. Contamos com a presença de um dos diretores do Sindicato de Metroviários e Metroviárias de SP, Diego Vitello, que trouxe um panorama sobre a greve que parou SP no dia 03/10 e pudemos trocar experiências sobre nossas lutas.
Nossa greve saiu vitoriosa: conquistou cotas para pessoas trans e PCDs, além de bandejões aos finais de semana. No entanto, acreditamos que ela foi encerrada de forma precipitada, já que a adesão e participação dos alunos seguia forte. Víamos espaço para se conquistar mais, como a não contrapartida do trabalho para as bolsas permanência, contratação de professores, paviartes e outros compromissos que agora vão ao debate nos GTs. Além disso, os compromissos firmados com a reitoria agora estão sob o crivo do Tarcísio e da ALESP, o que mostra que a luta vai ter que continuar. A reitoria desrespeita os estudantes quando não se avança com a demissão do Rafael Leão, professor racista que atacou com uma faca um estudante negro durante a paralisação do dia 03/10.
Agora teremos um novembro de lutas para efetivar nossas conquistas e arrancar o que falta. Por isso, defendemos uma jornada pela demissão dos racistas da Unicamp, culminando num grande ato unificado com o Movimento Negro no Dia da Consciência Negra. Também defendemos a necessidade de unificar os setores estaduais em luta em um ato na ALESP pelas pautas pendentes da nossa greve, contra a privatização da SABESP, os cortes de mais de R$ 9 bi na educação de São Paulo e por mais investimentos nas universidades. Convidamos cada estudante que esteve atuando nesta greve a seguir mobilizado e vir construir esse plano de luta com o Vamos à Luta.