Professores de SP querem enfrentar o desmonte de Tarcísio! APEOESP deve impulsionar essa luta!
Danilo Bianchi – Conselheiro Estadual da Apeoesp
Lorena Fernandes – Conselheira Estadual da Apeoesp
No dia 20 de outubro, ocorreu a Assembleia com paralisação dos professores e professoras da rede estadual de SP. Foi a primeira assembleia do ano diante do governo de extrema direita de Tarcísio-Feder. A paralisação teve uma boa adesão da categoria, conseguindo parar algumas escolas e realizar uma das maiores assembleias dos últimos anos, com mais de mil professores presentes na Praça da República.
Desde os primeiros meses de 2023, nós, do Educação em Combate e da Oposição Unificada Combativa, batalhamos para que a direção da Apeoesp convocasse uma assembleia para tirar um plano de lutas, visto que a bronca da categoria contra o governo é muito forte no chão das escolas diante do número e da intensidade dos ataques de Tarcísio-Feder contra os professores e a educação.
A mobilização do dia 20/10 mostrou que a categoria responde quando é chamada a lutar. Assim, ficou evidente que foi um erro da direção da Apeoesp não ter convocado a paralisação junto aos metroviários, ferroviários e sabespianos que pararam a grande SP na greve do dia 3/10, enfrentando e golpeando Tarcísio. A unificação teria dado mais força para a luta da educação e para a luta das demais categorias para enfrentar as políticas privatistas e contra os trabalhadores do governo de extrema direita.
Apesar desse erro, consideramos um passo importante na luta da categoria a realização da assembleia com paralisação no último dia 20.
A vontade dos professores em lutar contra o governo Tarcísio fez com que a própria direção da Apeoesp tenha mudado a sua postura e agora fala em unificar as lutas da educação com o conjunto das categorias. Assim, foi aprovado na Assembleia a unificação da luta da educação com os trabalhadores de outros segmentos em luta. Nós, do Educação em Combate, defendemos que essa resolução se concretize com o chamado da Apeoesp aos outros sindicatos para construir novas ações e com uma data para a próxima paralisação dos professores. Entendemos que a Apeoesp, sendo o maior sindicato do Brasil, tem legitimidade para impulsionar uma nova greve geral no estado de São Paulo.
Sabemos que nas escolas o ano letivo e os ataques do governo seguirão. Se aproxima o processo de atribuição de 2024, que promete novas barbaridades do governo contra os professores. Além disso, Tarcísio quer cortar mais de 9 bilhões da educação, piorando ainda mais as condições de trabalho. Por isso, seguiremos batalhando nas bases e nas instâncias da categoria para que a direção da Apeoesp convoque logo os demais sindicatos e marque uma data de paralisação unificada, rumo a uma greve geral em SP!