Em defesa do povo palestino: Exigir que o governo Brasileiro rompa relações com Israel

O governo Israelense acaba de declarar uma nova guerra contra a Palestina e afirma que os palestinos pagarão um “preço sem precedentes” pelas recentes investidas militares protagonizadas pelo Hamas (organização palestina que lidera a Faixa de Gaza).

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil acaba de emitir um comunicado em apoio ao Estado sionista de Israel (https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/ataques-em-territorio-israelense). Assim, o governo da frente ampla de Lula/Alckmin se soma aos vários governos imperialistas que sustentam o estado sionista de Israel. O presidente Lula, em suas redes sociais, define a situação simplesmente como ataques terroristas. Não é correto. Não há como descontextualizar a situação atual do histórico de massacres, colonização, terrorismo, limpeza étnica, dentre outros abusos protagonizados pelo Estado sionista de Israel. Reconhecer esse
fato significa defender direitos humanos básicos que o governo brasileiro ignorou em seu comunicado. O verdadeiro terrorista é o Estado sionista de Israel.

Realizar protestos no Brasil

O povo palestino, agora mesmo, lota as ruas de Gaza em protesto. E desde 1948 não faz outra coisa do que se autodefender, da forma como pode, do poderio militar sionista. Neste momento há caças da força aérea sionista,
financiados pelo imperialismo norte-americano, bombardeando o povo palestino. Um massacre jamais pode ser qualificado de “guerra” como fazem os jornais capitalistas.

Propomos a todas as organizações políticas de esquerda e democráticas, centrais sindicais e movimentos sociais a realização de protestos nas principais capitais em apoio ao povo palestino e contra um novo massacre. Nesses protestos temos de exigir que o governo Lula abandone o apoio ao sionismo e rompa relações diplomáticas, culturais e econômicas com o estado de Israel.

Os acordo de Oslo, defendidos pelo governo brasileiro, não são solução

Além disso, o Ministério afirma que “na qualidade de presidente do conselho de segurança da ONU” o governo brasileiro vai buscar uma solução nos termos dos acordos de Oslo de 1994, quando Yasser Arafat, liderança dos
palestinos, reconheceu o Estado sionista de Israel e passou a aceitar os “dois Estados”. Essa proposta é reivindicada pelo governo Lula, afirmando que, supostamente, assim se pode “viver em paz, dentro das fronteiras mutuamente acordadas”. Trata-se de uma estratégia errada, que já mostrou sua falência. O Estado racista e genocida de Israel jamais aceitou de verdade a existência da Palestina soberana, devido ao seu próprio caráter colonialista e racista. Desrespeita até mesmo as fronteiras imperialistas da ONU. Israel promove uma sistemática invasão na Cisjordânia, usurpa territórios palestinos e desrespeita locais sagrados para a religião muçulmana, como a mesquita de Al-Alqsa.

Em nossa opinião, a única saída viável para que se ponha fim a essa situação é uma Palestina única, laica, democrática e não racista.

07/10/23, CST (Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores).

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