Ucrânia: convocatória de greve em Mariupol
Por Imprensa UIT-QI
Mariupol é uma cidade costeira ucraniana, no Mar de Azov, conhecida pela sua resistência à invasão de Putin, antes de ser tomada pela Rússia.
O comunicado oriundo de Mariupol que reproduzimos a seguir foi lançado pelo Comitê de Coordenação da Greve, uma estrutura clandestina, claro, por conta da repressão das forças de ocupação russas.
A Rússia anunciou eleições locais nos territórios ucranianos ocupados para 10 de setembro.
Ultimamente os russos não têm feito nada além de enganar os trabalhadores de Mariupol, privando-os do seu dinheiro!
Decidimos lutar pelo nosso direito de reivindicar!
Iniciaremos uma greve por tempo indeterminado a partir de 10 de setembro (dia das eleições)!
Convençam seus companheiros a não irem trabalhar, se estiverem empregados nessas empresas!
A greve é uma ferramenta poderosa para chamar a atenção para as desigualdades e os fenômenos negativos da sociedade. É uma manifestação de solidariedade, vontade e desejo de mudar o status quo para melhor. Quando as pessoas se unem para proteger os seus direitos em caso de ocupação, a greve política contra o invasor torna-se uma necessidade. Dá-nos a oportunidade de expressar o nosso desacordo com a restrição injusta da nossa liberdade e autodeterminação. A greve dá voz àqueles que estão vivendo sob o jugo do invasor, privados de direitos humanos e de independência nacional.
Não sejam testemunhas impotentes da ocupação e das violações dos direitos humanos. Juntem-se à greve política contra a ocupação e mostrem que estão dispostos a lutar pelos seus direitos e pelos direitos do povo. Juntos somos mais fortes! Juntos mudaremos o mundo para melhor!
Eis a lista de empresas que entrarão em greve:
– Construtora Ulyanovsk Premium LLC (dirigida por Vladimir Vnukov);
– Kompaniya Arkhitektor, localizado na Rua Lunina 31 (diretor-geral Alexey Vladimirovich Dragilev);
– A Construtora GAMAS;
– Provedor Trinity;
– Construtora Stroy Monolit;
– Empresa Yumistroy;
– Empresa Technostroy (chefe Denis Titov).
Pedimos a todos que não trabalham nas empresas mencionadas que nos escrevam. Suas empresas podem se juntar a nós mesmo que não tenham sido mencionadas!
Apelamos também aos taxistas, motoristas de ônibus (por um dia) e trabalhadores dos serviços públicos a aderirem à greve de 10 de Setembro, dia das eleições fraudulentas.