Solidariedade com a companheira Silvia Letícia! Chega de ataques antidemocráticos da direção do PSOL!
Nós da Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores (CST), grupo fundador do PSOL, nos solidarizamos com a companheira Silvia Letícia que está sendo atacada nas redes sociais pela direção majoritária do PSOL em Belém e no Pará, grupo Primavera Socialista, corrente do prefeito de Belém Edmilson Rodrigues.
A companheira Silvia está sendo acusada de ser bolsonarista e de se aliar à direita para atacar o governo de Edmilson. Os dirigentes do PSOL também têm ameaçado abertamente Silvia de expulsão em comentários nas redes sociais e lançando nota cheia de ameaças contra a companheira e ao seu mandato em que classificam como fakenews uma denúncia sobre a qualidade da merenda escolar em que a prefeitura sequer é citada.
Isso tudo porque Sílvia, independentemente das diferenças políticas que possamos ter, é reconhecidamente uma lutadora em defesa da educação pública e da classe trabalhadora. E tem atuado na defesa dos direitos dos servidores municipais, denunciando as condições das escolas, a distribuição de cargos sem concurso na prefeitura, prática que, inclusive, tem garantindo a permanência de bolsonaristas em cargos da prefeitura, e o rebaixamento salarial da categoria.
Consideramos um absurdo a posição autoritária e de instrumentalização do combate à extrema-direita feito pelos dirigentes da Primavera, grupo majoritário do PSOL que faz acordos espúrios com partidos de direita para governar, como o corrupto MDB da família Barbalho e outros. Enquanto a direção do PSOL atacava a companheira Silvia, O prefeito Edmilson aparecia em fotos abraçado ao governador Helder Barbalho, ao Senador Jader Barbalho e ao ministro da Cidades Jader Barbalho Filho. Essa relação espúria é que deveria está sendo alvo de denúncias pois fere os principios de independência de classe em que este partido foi fundado.
A ameaça autoritária de expulsão de Silvia busca calar a voz dos que pensam diferente e combatem as políticas da direção majoritária do PSOL, como também fazemos nós da CST. Essa política é uma resposta da direção do partido ao fracasso de seu projeto a frente da Prefeitura de Belém. Aliados com vários partidos de direita, Edmilson não chama os concursados da Semad, não pagou o salário mínimo para os servidores municipais e pactua com os empresários de ônibus que prestam um serviço cada vez pior sem que haja nenhuma política de enfrentamento a esses interesses. O PSOL optou por governar com partidos de direita, sem enfrentar os interesses dos grandes empresários e por isso está fazendo um péssimo governo, rejeitado por 70% da população segundo pesquisa realizada pelo Instituto Doxa. Essa política de conciliação de classe se mostra mais uma vez como equivocada e terá como consequência novos governos de direita, assim como o fim do PSOL no imaginário popular como partido que se propõe a fazer uma mudança radical na sociedade.
Toda solidariedade à companheira Silvia Letícia! Chega de ataques e perseguição política aos lutadores do PSOL que questionam a política da direção do partido.
Corrente Socialista das Trabalhadoras e Trabalhadores, 16 de abril de 2023.