Plenária Nacional da Fasubra: Combate Sindical defendeu a continuidade da campanha salarial

Durante a Plenária da Fasubra realizada nos dias 10 e 11 de março, as correntes que dirigem a Fasubra (Resistência/Travessia, CUT/Unir, CTB), que também dirigem o Fonasefe majoritariamente, defenderam e aprovaram aceitar a proposta do governo de 9% em maio e reajuste de 200 reais no auxílio-alimentação (defesa compartilhada também pela UP). Votaram nessa proposta também MES, APS e Fortalecer o PSOL. Nós da Combate Sindical que compomos o Bloco de Lutas (oposição que defende a independência da Fasubra diante dos governos e Reitorias) apresentamos uma resolução alternativa que apontava a continuidade da campanha salarial e a mobilização por um reajuste melhor. Confira abaixo nossa resolução:
Resolução alternativa – Bloco de lutas
Considerando:
- A nova proposta do governo segue dentro do orçamento votado em 2022, aquém de nossas perdas salariais, e não dá respostas sobre o os demais benefícios que estão defasados;
- Que a tabela do auxílio saúde está congelada desde 2016 e que de lá pra cá as mensalidades dos Planos praticamente dobraram de preço.
- Que, de acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida, o montante de recursos previstos para os reajustes dos servidores “representam apenas 0,58% do valor previsto para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública federal neste ano (R$ 2,559 TRILHÕES).
A Plenária Nacional da Fasubra define:
- Organizar um dia nacional de luta e um calendário de mobilização do serviço público pelo atendimento da pauta de reinvidicações dos servidores.
- Realizar assembleias na base para debater a campanha salarial orientando a continuidade da campanha salarial e à luta pela ampliação do orçamento para o reajuste.
- Exigir a equiparação salarial dos benefícios com as carreiras do judiciário.
- Que sejam imediatamente atendidas todas as pautas sem impacto financeiro. Pela revogação de todas as medidas bolsonaristas;
- Que a direção apresente o levantamento do resultado da 1° rodada de assembleias nas bases.
- Pela revogação completa das portarias 10.620 e o 10.723 que dificulta redistribuição;
- Pela revogação da norma que incentiva a desfiliação sindical e dificulta filiações;
- Paralisar as ações em curso de procuradores e reitores bolsonaristas, como o corte do reposicionamento dos aposentados da UFF e UFSM até que se resolvam nas mesas de negociação os impasses;
- Arquivar os PADS e punições a servidores, lideranças e entidades devido greves e outras lutas;
- Revogar as normas que obrigam o ponto eletrônico e dificultam as 30h, como a IN 02/2018 e IN 125/2022;
- Pelo fim da lista tríplice e exoneração de todo reitor não-eleito;
- Que hajam congressos estatuintes democráticos e soberanos para novo reordenamento da defesa da universidade pública.