Juventude em luta pelo direito ao futuro
*Cindy Ishida – candidata a deputada federal em MG
A educação tem sofrido com os cortes do governo Bolsonaro, por consequência aumentaram os índices de evasão, tendo em vista que as reitorias, ao ajustarem seus orçamentos, optam por limitar o alcance de políticas de permanência estudantil. A educação é fundamental para que os jovens da nossa classe tenham acesso a empregos com melhor remuneração e proteções trabalhistas, no entanto, hoje somos a maioria nas filas à procura de empregos precários e sem direitos e a maioria das vezes saímos de mãos abanando, com dificuldade de ajudar nas contas da família e fechar o mês.
Por isso, vivemos também uma pandemia de problemas de saúde mental entre os jovens, que perdem a perspectiva de futuro e sofrem com a ansiedade e depressão. Essa situação só pode ser superada com políticas de permanência estudantil, bolsas de assistência compatíveis com as condições de vida atuais e políticas de empregabilidade e renda para a juventude. O problema é que o capitalismo precisa que estejamos cada vez em condições mais precárias para que aceitemos receber salários menores e eles sigam lucrando em cima da nossa superexploração.
A diversidade na juventude precisa de acolhimento, através de política que reconheça as identidades (negras, de gênero, LGBTQIA+, indígenas, dentre outras), as respeite e se comprometa em mitigar as desigualdades geradas por essa discriminação. Ao contrário, eles aproveitam dessas diferenças para nos colocarem nos piores postos de trabalho e nos jogarem uns contra os outros. Buscando ocultar que nosso real inimigo são os patrões que lucram com a nossa opressão.
A política do medo que se materializa no bolsonarismo e na miséria do possível da Frente Ampla (Lula e Alckmin) não trazem respostas concretas para os nossos problemas, pois não é possível alcançar um capitalismo mais humanizado. Para que a juventude recupere o direito de sonhar é preciso construir a esperança de uma sociedade socialista, um governo dos trabalhadores sem patrões! Por isso, nas eleições presidenciais, estamos com Vera Lúcia e Raquel Tremembé (16), do Polo Socialista e Revolucionário, e apresentamos nossa candidatura ao Congresso Nacional para vocalizar as demandas da juventude trabalhadora.
A juventude precisa ter espaço no orçamento nacional
Hoje, mais da metade do orçamento nacional vai para o pagamento da Dívida Pública, enquanto menos de 2% é investido em educação. É preciso parar de pagar essa dívida fraudulenta que só enriquece os banqueiros, um setor parasita que não produz nada e só vive de sugar o dinheiro suado dos nossos impostos que são, em sua maioria, pagos pelo povo mais pobre. Enfrentar os bilionários e taxar grandes fortunas, lucros e dividendos de grandes multinacionais pode financiar de forma eficiente a educação pública para que a nossa juventude possa recuperar a esperança em um futuro com dignidade.