Na Conferência Eleitoral, rejeitar a chapa burguesa Lula-Alckmin! | PSOL sem patrões!
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Na Conferência Eleitoral, rejeitar a chapa burguesa Lula-Alckmin!
No dia 30 de abril, ocorrerá a Conferência Nacional Eleitoral do PSOL. A política da direção majoritária (Primavera, Revolução Solidária, Resistência, Insurgência e Subverta) é apoiar a coligação da candidatura presidencial de Lula, tendo como vice, o ex-tucano Geraldo Alkmin. Política que já vem sendo implementada na prática. Nacionalmente o PSOL já integra o campo lulista. Em São Paulo, Guilherme Boulos abriu mão da sua candidatura ao governo do estado para apoiar Haddad, do PT, em troca do apoio de Lula à sua candidatura a deputado federal. No RJ, o PSOL abriu mão de lançar candidatura ao governo do estado para apoiar Marcelo Freixo, do PSB, que está articulando programa de governo com Armínio Fraga.
Lula, sendo consequente com sua política de governar com e para a burguesia, acaba de se reunir com a cúpula do MDB, os mesmos que articularam o impeachment de Dilma, gerando o governo ilegítimo de Michel Temer. Busca também, desesperadamente, o apoio do PSD, de Kassab e Eduardo Paes. Essa é a mesma política que Lula e o PT adotaram em 2001, com o grande industrial José Alencar e, posteriormente, com o corrupto Michel Temer, do MDB, como vice de Dilma. Em todos esses governos, o PT aplicou um projeto de conciliação de classes, governando para a burguesia e o grande capital, aplicando duros ajustes contra a classe trabalhadora.
Lula e a cúpula do PT, com sua política de desmonte das lutas, dão folego para Bolsonaro.
A política de Lula e do PT, com sua linha de desmonte das lutas, dão folego para Bolsonaro, que cresce nas pesquisas na medida em que não há alternativa real nas ruas.
Na conjuntura em que ocorrem greves e lutas das categorias por reajuste salarial e por emprego, fruto da grave crise social, a cúpula da CUT e do PT se negam a chamar mobilizações, a apoiar esses processos e a unificar-los. querem se mostrar palatáveis para a grande burguesia e para o capital.
Por isso, o que está em jogo no PSOL é um debate estratégico, pois caso se confirme a aliança com Lula-Alkcmin, isso significará a liquidação do nosso partido como oposição de esquerda, que nasceu justamente contra a traição de classe do PT e de Lula.
Não acatar a decisão de Federação com o partido burguês da REDE
O Diretório Nacional, em reunião virtual, acaba de aprovar a posição de federação com a REDE, com os votos da Primavera, Revolução Solidária e do MES. Como contraposição, foi apresentada uma resolução contrária à federação com a REDE, assinada pelo Fortalecer, Resistência, COMUNA, APS, CST, LS, Alicerce, CS, Insurgência e apoiada por Chico Alencar. Isso mostra que era possível derrotar a proposta de federar com a REDE, caso os companheiros do MÊS tivessem tido outra postura. Lamentavelmente, os votos dos camaradas do MÊS ajudaram a Primavera e a Revolução Solidária a aprovar a federação com a REDE, aprofundando o abandono do programa fundacional do partido de 2004. A direção do MÊS ajudou a direção do PSOL a federar com a REDE, um partido burguês, financiado por banqueiros, que estará no palanque de diversas candidaturas burguesas, como Alexandre Kalil (PSD-MG) e Helder Barbalho (MDB-PA).
Para nós, da CST, a federação com a REDE é parte da mesma política de aliança com a chapa burguesa Lula-Alckmin.
Por uma Frente de Esquerda Socialista nacional e nos estados
Nós, da CST, que estamos com a pré-candidatura de Glauber, seguimos defendendo uma candidatura à esquerda do campo lulista, que unifique o PSOL, PCB, UP e o PSTU em uma Frente de Esquerda Socialista. Essa é uma tarefa urgente da esquerda que não aceita a coligação com a burguesia. Uma frente de esquerda que debata uma única candidatura e um programa de esquerda anticapitalista. Para nós, da CST, é fundamental a unidade das correntes do campo das oposições para realizar ações concretas e combativas, unificando a militância e os psolistas que não aceitam entregar o PSOL nos braços da política de frente popular de Lula. Os companheiros/as da Resistência e Insurgência, que votaram contra a Federação, deveriam ter a mesma consequência política e, na Conferencia eleitoral, deveriam rejeitar a aliança com a chapa burguesa de Lula.
Batalhar pela independência de classe é um princípio da esquerda revolucionária, por isso defendemos uma Frente de esquerda que possa se apresentar como alternativa nas ruas e nas urnas. Uma alternativa que ajude a unificar as greves e lutas em curso e que apresente um programa de ruptura: a) não ao pagamento da dívida pública e pela taxação das grandes fortunas; com esses recursos garantir reajuste salarial, geração de empregos e um plano contra a fome e a miséria; b) que lute por revogar todas as contrarreformas de FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro; c) que defenda a estatização do sistema financeiro e a revogação das privatizações; d) que lute pela pauta ambiental, contra as multinacionais e o agronegócio e e) que que defenda as bandeiras feministas, como a legalização do aborto, e as pautas da negritude e LGBTQI+. Um programa que deve se apoiar na mobilização da classe trabalhadora, rumo a um Brasil Socialista, sem patrões!